Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1
Giro com BDRs sobe 80% um mês após liberação ao varejo e techs são as
queridinhas

Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - coluna do
broadcast
domingo, 22 de novembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

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Autor: Cynthia Decloedt


REUTERS/Stephen Lam


Os brasileiros de menor poupança, muitos que
ingressaram recentemente na Bolsa, mostraram apetite
por diversificar e que a tecnologia é o setor no qual têm
mais interesse lá fora. Um mês após a liberação aos
investidores de varejo para negociação de BDRs
(Brazilian Depositary Receipts, títulos em reais que
espelham ações de empresas estrangeiras e embutem
a variação do câmbio), o giro diário desses papéis subiu
80%, em relação à média do período em que os
negócios eram permitidos somente para investidores
qualificados - aqueles que têm maior disponibilidade de
recursos. A marca do volume diário de negócios com
BDRs saltou para mais de R$ 200 milhões.


Esses investidores pessoas físicas, chamados no
mercado como de varejo, também impulsionou a
demanda por cinco empresas - BDRs de Facebook,
Apple, Amazon, Microsoft e Google. Esse grupo passou


a ser responsável por 27% da liquidez dos BDRs, de
acordo com um levantamento da XP Inc. Essas ações
movimentaram diariamente R$ 58 milhões neste último
mês.

Apesar dessa tendência, o BDR preferido dos
brasileiros no mês foi o Mercado Livre. Foram
negociados R$ 22 milhões de volume ao dia, contra
menos de R$ 7 milhões antes da liberação ao varejo,
numa indicação de que a familiaridade com o setor e a
marca conta muito. As empresas de comércio eletrônico
são populares no varejo.

Outras empresas também saltaram aos olhos. A
fabricante de automóveis elétricos Tesla, por exemplo,
triplicou a liquidez para R$ 19 milhões ao dia na média
do mês, com o anúncio de sua inclusão no principal
índice de ações do mundo, o S&P 500. Antes da
chegada dos investidores menores, o giro diário não
passava de R$ 6 milhões.

No todo, o giro diário dos BDRs é baixo se comparado à
média superior a R$ 30 bilhões negociados ao todo na
B3, incluindo os investidores estrangeiros. Mas além de
ser este o primeiro mês, os dados mostram que esse é
um caminho sem volta, entre as possibilidades que se
apresentam ao investidor brasileiro.

O estrategista internacional da XP Investimentos,
Guilherme Giserman, vê no crescimento da liquidez o
principal destaque desse primeiro mês de negócios com
a presença dos investidores de varejo. 'Diminuiu o risco
de quem compra de não ter para quem vender e deixa
os preços em patamares mais justos', diz.

Segundo ele, os volumes diários devem crescer ainda
mais, já que existe vontade dos investidores de
diversificar para setores que não são tão bem
representados na Bolsa brasileira. Por isso, as cinco
gigantes de tecnologia atraem os brasileiros. 'São
companhias que sozinhas têm proporções continentais
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