Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1

ONU fala em risco de 'ruína financeira em países pobres


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
domingo, 22 de novembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Davos

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Autor: JULLIANA MARTINS, CÉLIA FROUFE,
FABRÍCIO DE CASTRO E MARCELA GUIMARÃES


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas
(ONU), António Guterres, defendeu ontem que novos
esforços sejam direcionados para atender às
necessidades dos países em desenvolvimento, como
forma de mitigar os efeitos da pandemia da covid-19.
"Os países desenvolvidos podem se dar ao luxo de
fornecer um enorme alívio para as suas sociedades, e
estão fazendo isso, mas o mundo em desenvolvimento
está à beira da ruína financeira e da crescente pobreza,
fome e sofrimento indizível", disse ele, em discurso
antes da abertura de encontro de líderes do G20, que
reúne as maiores economias do mundo.


O tema principal do encontro que acontece neste final
de semana, de forma virtual, sob a presidência da
Arábia Saudita - é como combater a pandemia do
coronavírus e suas consequências do ponto de vista
social e econômico.


Na apresentação, Guterres também pediu aos líderes
do G20 um aumento nos recursos financeiros


disponíveis para o Fundo Monetário Internacional
(FMI). Segundo ele, ainda que o G-20 tenha estendido a
iniciativa de suspensão da dívida de países de baixa
renda por seis meses, esse movimento ainda não é
suficiente, ressaltando que o efeito dominó das falências
pode devastar a economia global.

Guterres comentou ainda que o mundo precisa de
ações concretas para se recuperar após a pandemia do
coronavírus, incluindo medidas que favoreçam a
sustentabilidade climática. Além disso, afirmou que os
avanços recentes nas vacinas para a covid-19
"oferecem um raio de esperança", mas que elas
precisam ser tratadas como um bem público global,
para garantir que cheguem a todas as pessoas.

Bolsonaro. Assim como já tinha feito na reunião de
cúpula do Brics (Brasil, Rússia, índia, China e África do
Sul) na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a
defender em seu discurso a reforma da Organização
Mundial de Comércio (OMC). "A reforma da OMC, que
já se fazia necessária antes da pandemia, torna-se,
agora, elemento-chave para a recuperação da
economia mundial."

O Brasil, segundo o presidente, defende avanços nos
três pilares da OMC: negociações; solução de
controvérsias; e monitoramento e transparência. Ele
também disse esperar que o Ã"rgão de Apelação da
instituição multilateral possa voltar à plena operação "o
mais rápido possível". "Na reforma da organização,
queremos que a ambição de reduzir os subsídios para
bens agrícolas conte com a mesma vontade com que
alguns países buscam promover o comércio de bens
industriais", comparou, alfinetando principalmente
países mais desenvolvidos e europeus.

Ele disse que "não há tempo a perder" e que tem a
certeza de que uma atitude coordenada do G-20 frente
aos desafios da pandemia será, mais uma vez,
fundamental para a recuperação econômica mundial.

O presidente da China, Xi Jinping, por sua vez, exortou
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