Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1

COLUNA DO ESTADÃO


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 22 de novembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: COM MARIANA HAUBERT E MARIANNA
HOLANDA


Boulos 'recicla slogan malufista contra Covas


A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) a prefeito
está reciclando estratégia utilizada por Paulo Maluf em
1992: "não tenho nada contra o Suplicy, eu só não
quero mais é o PT mandando aqui", dizia o jingle
malufista naquela eleição municipal. Agora, a nova
versão é: "não tenho nada contra o Bruno Covas, o que
eu reclamo é do trabalho dele". Ou seja, finge que bate
na "pessoa jurídica" para acertar na "física", conforme
explicação de um tucano. A ironia do destino é que
Suplicy era o candidato da então prefeita Luiza
Erundina, a vice de Boulos.


Reciclagem 2.


A campanha de Covas (PSDB) reaproveitou slogan do
segundo turno da eleição de 1998: "Quem compara vota
Covas". Na ocasião, Mario Covas, avô do candidato a
prefeito, derrotou Maluf numa disputa memorável pelo
governo (veja imagens no blog da Coluna).


Ironia.

O PSDB ainda deve ao responsável pela criação do
slogan vitorioso de 1998 e agora reciclado.

Recife.

Analistas e políticos se esforçam para entender a virada
de Marília Arraes sobre João Campos. Com
performance arrojada, ela se apresenta como
"novidade" contra a fadiga de material do PSB, partido
que dá as cartas em Pernambuco há décadas.

Todas as letras.

João Campos, de seu lado, insistirá em lembrar que
Marília é PT: quer despertar o "antipetismo" desses
eleitores.

Na física.

Experiente analista de pesquisas e de cenários arrisca:
a "questão pessoal" favorece Marília até aqui, afinal,
quase sempre eleição é sobre "pessoas", e ela tem
apresentado "performance" melhor do que a do primo,
além de estar surfando na "onda feminina".

Estratégia.

O antipetismo, segundo aliados de Campos, é a
esperança dele para virar votos de eleitores que no
primeiro turno votaram em Mendonça Filho (DEM) e em
Delegada Patrícia (Podemos) e que agora estão com
Marília Arraes.

Risco.

O PSB ainda tem muitas chances de vitória no Recife,
mas já começa a sentir uma certa "fadiga de material":
está no comando do governo de Pernambucano desde
2007 e no da prefeitura desde 2013.
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