Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1

MONICA BERGAMO


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada
domingo, 22 de novembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: MONICA BERGAMO


Malvino Salvador Meu voto em Jair Bolsonaro foi
pragmático


Aos 44 anos, ator diz ver cultura vilipendiada, fala de fim
de contrato com a Globo e lamenta atuação do governo
para o meio ambiente


Ator e empresário, Malvino Salvador, 44, se equilibra, a
um só tempo, entre as angústias de quem compõe uma
classe pouco estimada pelo governo federal e de quem
sofre os efeitos de uma pandemia sobre a economia.


“O que eu venho percebendo é uma tentativa de
vilipendiar a cultura. Não entendem que é preciso haver
fomento. E preciso se pensar na cultura como se pensa
no agronegócio e em outras áreas importantes, é
preciso injetar dinheiro. O que me angustia nesses
últimos anos é perceber uma violência desmedida e
descabida contra ela. Virou a Geni” diz Malvino, que fala


com a coluna por videoconferência de seu apartamento
na Barra, no Rio de Janeiro.

É difícil as pessoas reconhecerem o quanto ela é
importante para o país. A cultura é que faz a união e a
identidade de um povo”, segue. “A Lei Rouanet virou
como se fosse uma coisa do diabo, onde as pessoas
ganham dinheiro adoidado, e não é assim. A gente sabe
que existem distorções, sim, é preciso corrigir, mas tem
uma infinidade de gente que vive da cultura através de
incentivos fiscais.”

“Como é que você produz uma peça viajando por
recantos do país, podendo levar a cultura para um
espectro mais amplo de sociedade, pagando passagem
aérea, hospedagem? Sem incentivo fiscal, é impossível.
A bilheteria não devolve isso.”

A segunda face de Malvino, como empresário, vem à
tona junto à Gracie Kore, academia de jiu-jitsu na capital
fluminense cuja administração ele divide com a esposa,
a atleta Kyra Gracie. “Nós conseguimos quebrar um
paradigma com relação ao jiu-jitsu, que sempre foi tido
como um esporte eminentemente masculino. Metade do
nosso público é feminino. A gente consegue ter uma
pluralidade muito grande na academia”, conta sobre o
espaço.

“Vivemos num país onde a violência contra a mulher
ainda é muito grande. Isso é lamentável. A gente criou,
com apoio de psicólogos e psicopedagogos, um
programa para que elas consigam se proteger no caso
de uma agressão física e até mesmo reconhecer um
relacionamento abusivo.”

“Tivemos uma situação em que uma aluna teve uma
aula experimental, e, quando acabou, a Kyra a
encontrou no banheiro, chorando. Ela disse: ‘Se eu
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