Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 22 de novembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - IPCA

últimos anos em apenas um ano, mas não o suficiente
para que Covas invista mais que o valor total das
gestões Kassab e Haddad.


Em 2020, as receitas foram impactadas pela pandemia
da Covid-19 - e deve haver déficit de R$ 2,5 bilhões. A
diferença, porém, dificilmente mudaria radicalmente o
cenário de baixos investimentos da gestão completa, j á
que o volume de investimentos nos primeiros três anos
já estava abaixo da média de períodos anteriores.


Covas tem usado a questão dos investimentos para
fazer campanha política. Na quarta-feira (19), em uma
agenda no Jardim Angela (extremo sul), exaltou o gasto
previsto para o ano. "Esse ano a gente vai chegar a R$
4,5 bilhões em investimentos com recurso da prefeitura,
o maior valor dos últimos oito anos", disse.


Por outro lado, o adversário de Covas, Guilherme
Boulos (PSOL), tem usado o assunto para atacar o
tucano.


Ele afirmou que pretende aumentar o nível de
investimento. "Em plena pandemia, você está com R$
19 bilhões parados em caixa. Uma dívida ativa de R$
130 bilhões esperando para ser cobrada", disse.


O líder de movimento de moradia disse que o
investimento de sua gestão para os próximos quatro
anos seria de R$ 29 bilhões, montante que, olhando o
histórico de investimento dos últimos 15 anos, também
parece improvável de se concretizar.


Boulos costuma usar os R$ 19,2 bilhões em caixa para
dizer que investirá no próximo ano. Segundo a
prefeitura, R$ 7,9 bilhões são vinculados e R$ 11,3
bilhões não vinculados - valor é suficiente para cobrir o
fluxo de caixa negativo do último bimestre, segundo a
gestão.


Covas tem feito um discurso que dá a entender que
encontrou uma situação desfavorável nas contas e que
sua gestão colocou a casa em ordem. Ele cita um
suposto rombo de R$ 7,5 bilhões.


A afirmação durante debate fez com que o PT
prometesse acionar Covas, acusando-o de propagar
fake news. Em nota, a campanha de Covas diz que o
orçamento de Haddad era "irrealista e maquiado".

Checagem da Lupa mostrou que a afirmação de Covas
era falsa. Segundo a agência, Haddad deixou R$ 5, 34
bilhões em caixa, conforme o relatório de fiscalização do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo daquele
ano (2016).

O documento afirmava que "as disponibilidades
financeiras da prefeitura em 31.12.16 eram suficientes
para saldar as obrigações de curto prazo. Se todas
essas obrigações fossem pagas, restaria um saldo da
ordem de R$ 3 bilhões".

Em debates, Covas também tem batido na tecla de que
o endividamento caiu em sua gestão. Checagem da
Lupa publicada na Folha também mostrou que, de fato,
o endividamento referente ao segundo quadrimestre de
2020, é de 38,5%, enquanto era de 92% no final da
gestão Haddad.

A diminuição, porém, também foi consequência da
renegociação de dívida entre a prefeitura e a União no
início de 2016, na gestão de Haddad.

Antes da renegociação, o indexador da dívida era o
IGP-DI (índice Geral de Preços - Disponibilidade
Interna) acrescido de juros de 9% ao ano. Após
renegociação, passou a ser o IPCA (índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo) mais juros de 4% ao
ano, limitado à variação da Selic.

Devido ao acordo o endividamento do município caiu de
182% (último quadrimestre de 2015) para 92% (último
quadrimestre de 2016)

Gestão tucana diz que critério é equivocado e que
voltou a investir

OUTRO LADO

A gestão Bruno Covas afirmou que o critério usado na
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