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Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 22 de novembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Autor: Camila Mattoso com Mariana Carneiro e
Guilherme Seto
Notificação
Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o
compartilhamento dos dados de uma busca e
apreensão, realizada contra um site bolsonarista no
inquérito dos atos antidemocráticos, com a investigação
sobre esquema de disparos de WhatsApp na campanha
de 2018, caso revelado pela Folha. O pedido ao ministro
foi feito por uma delegada da Polícia Federal,
responsável pela busca, sob o argumento de que
elementos encontrados podem interessar à apuração
relacionada à eleição presidencial.
CRACHÁ
Os empresários Ernani Neto e Thais Chaves, donos de
páginas bolsonaristas como a Folha Política, foram os
alvos da busca, agora compartilhada. A delegada do
inquérito de atos antidemocráticos é Denisse Ribeiro.
TEIA
Neto e Thais chegaram a ter suas contas excluídas pelo
Facebook por violação de regras em 2018, quando j á
coordenavam uma rede a favor do então candidato Jair
Bolsonaro. Eles também são investigados por fake
news.
CRFONOLOGIA
A investigação sobre os disparos da eleição de 2018 foi
aberta pela PF em outubro daquele ano, após
reportagem da Folha revelar que apoiadores de
Bolsonaro estavam comprando pacotes de mensagens
contra o PT no WhatsApp, sem declarar os valores à
Justiça Eleitoral.
PROFUNDEZAS
Essa é a primeira vez que informações de inquéritos do
STF são compartilhadas com algum caso de apuração
dos disparos. No TSE há duas ações com esse tema.
Ambas aguardam para receber material das
investigações que estão com Moraes.
BBB
A utilização de drones no dia da eleição foi considerada
um sucesso na Polícia Federal. A ideia é expandir o uso
dos equipamentos para outros momentos. Ao todo, 33
pessoas foram presas em flagrante, segundo balanço
da PF (com e sem drone).
O HOMEM DISPAROU
Embora o volume de despesas já realizadas e
declaradas pelos candidatos ainda seja parcial, um dos
40 tipos de gastos padronizados pelo TSE já supera o
valor de 2018. A "produção de jingles, vinhetas e
slogans" já consumiu R$ 29 milhões, contra R$
22,8milhões do declarado em toda a eleição de 2018.
MANDA UM ZAP