Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - País
domingo, 22 de novembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

no "ponto morto" em termos de desenvolvimento
econômico: - O município não conseguiu manter um
plano sustentado de recuperação das finanças, em
grande medida porque não se ancorou em projetos que
garantissem uma reabilitação da economia.


Quanto aos programas de governo, os especialistas
ressaltam que nenhum apresenta custo total das
propostas. Paes indica que é preciso recuperar a
atividade econômica, apoiando micro e pequenas
empresas que sofreram na pandemia e priorizando
áreas como turismo, tecnologia, saúde, energia e
audiovisual, onde há potencial. Mas há falhas : - Paes
promete reduzir alguns impostos municipais no primeiro
ano do mandato. Isso não é factível em uma crise fiscal
grave - diz Marcel Balassiano, da FGV. O ex-prefeito,
assim como Crivella, também propõe a redução do
IPTU.


Para Manuel Thedim, do Instituto de Estudos do
Trabalho e Sociedade (Iets), Paes acerta ao propor uma
melhoria do ambiente de negócios: em São Paulo uma
empresa é aberta em três dias e meio, contra 21 dias no
Rio.


O programa de Crivella é criticado por se distanciar de
ações de seu próprio governo e por propor parceiras
com o governo federal em obras que estão fora do radar
da União.


Crivella diz que vai melhorar o ambiente de negócios.
Justo o prefeito que derrubou uma praça de pedágio (a
da Linha Amarela) de uma concessão que funcionava
legalmente - afirmou Thedim.


BURACO NAS CONTAS


Se não vive uma tragédia, como o Rio, São Paulo
tampouco pode comemorar. A cidade fechará 2020 com
gastos R$ 2,5 bilhões superiores à arrecadação, o maior
rombo desde 2016, e o primeiro após três anos
seguidos de contas no azul. Já a dívida com a União é
de R$ 26 bilhões, e o déficit anual na Previdência
municipal chega aos R$ 8 bilhões.


Nesse cenário, Boulos espera gastar R$ 29 bilhões com
seus projetos. Covas estima gastar R$ 23 bilhões, em
quatro anos. Para obter esses recursos, o tucano
propõe privatizações e concessões, como a do
Autódromo de Interlagos, que poderíam render até R$
13,4 bilhões em quatro anos. O atual prefeito também já
propôs um programa de renda básica, no primeiro turno,
em resposta a Celso Russomanno.

Para Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda e
sócio da Tendências Consultoria, executar essa agenda
não será tarefa fácil.

O programa de Covas é muito genérico, gira em torno
de princípios. Assim, não sabemos que projetos de
concessão virão - diz Nóbrega.

O programa de Boulos é mais detalhado, mas nem por
isso mais crível, segundo especialistas. O psolista
acredita que conseguirá recursos melhorando a
cobrança da dívida ativa da prefeitura, que chega a R$
130 bilhões. Nóbrega afirma que é algo "utópico" - boa
parte dos débitos é antiga, de empresas que já
quebraram.

Boulos sugeriu, na semana passada, contratar novos
servidores para reduzir o rombo da Previdência e, após
uma chuva de críticas, recuou. Ele também propõe
aumentar a alíquota do IPTU para "mansões" e do ISS
para o setor de serviços financeiros. Mas não prevê a
arrecadação com tais medidas.

E uma proposta mais simbólica - disse Carlos Braga, da
Fundação Dom Cabral sobre o aumento do IPTU. - Um
aumento de ISS pode esbarrar na reforma tributária que
tramita no Congresso, que prevê a unificação de tributos
e engessar ainda mais os prefeitos.

Para Sérgio Werlang, professor da FGV e ex-diretor do
Banco Central, Covas peca em não falar da reforma
administrativa, necessária para o equilíbrio das contas
públicas. E Boulos por sugerir um aumento expressivo
de gastos.

Já o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros afirma
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