Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Sociedade
domingo, 22 de novembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Davos
mas de um profundo desrespeito diante do assassinato
de seus cidadãos negros.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse no
Twitter que juntava a sua voz "a dos que protestam
contra a violência que levou à morte um homem,
brasileiro e negro": "Sei que o racismo e o preconceito
sobre negros é forte em nossa cultura. Cabe a todos
lutar contra eles. Especialmente aos líderes e aos que
conhecem nossa realidade. Basta!"
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse, no Twitter,
que "questões raciais não são alheias ao nosso país,
que teve o povo negro como escravo por 388 anos e,
mesmo após a abolição, as desigualdades raciais
continuaram".
'SEQUÊNCIA DE DISPARATES
O presidente da Comissão Nacional da Verdade da
Escravidão Negra do Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil , Humberto Adami, diz que a fala
de Bolsonaro demostra que ele não conhece a
população do Brasil: - É uma ideia tacanha, absurda. A
declaração embute um racismo que vem desde a
escravidão negra no Brasil.
Já o artista plástico Nuno Ramos disse que com sua
"sequência de disparates" o presidente fez um "estímulo
e uma defesa dessa barbaridade" que foi a morte de
João Alberto.
Nosso presidente não é apenas negacionista do clima
ou dos problemas raciais, é um ativo e permanente
estimulador do racismo e da destruição ambiental -
criticou.
Por sua vez, Thiago Amparo, professor de Direito
Internacional e Direitos Humanos na FGV Direito SP, diz
que as afirmações "são próprias de quem vive em uma
realidade paralela e louva a ignorância".
Além disso, ao não se solidarizar com a família do João
Alberto, seja no Twitter ou no foro internacional do G-20,
ele desrespeita o decoro que se espera do cargo de
presidente da República - diz.
O movimento Vidas Negras Importam também publicou
no Twitter um post em apoio aos manifestantes. "Nos
levantamos pela nossa família na Nigéria, vamos fazer o
mesmo pelos nossos irmãos negros no Brasil !" O grupo
repostou uma série de publicações do Movimento Vidas
Negras, que também prestou solidariedade aos
brasileiros. ( Colaboraram Eliane Oliveira, Fernanda
Alves, Ruan de Sousa Gabriel, Sérgio Roxo e Victor
Faria)
"Há quem queira destruí-la (a diversidade racial) e
colocar em seu lugar o conflito, o ressentimento, o ódio
e a divisão entre raças"
Jair Bolsonaro, presidente "Esse governo quer refundar
o 'mito da democracia racial brasileira que já devia estar
enterrado e extinto"
Lilia Schwarcz, antropóloga
Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Davos, Banco Central - Perfil 1 - G-20