Viaje Mais - Edição 196 (2017-09)

(Antfer) #1

NA BAGAGEM


As histórias vividas pela redação


O sósia


POR TALES AZZI

SHUTTERSTOCK

A voz é igual!, ele insistiu.


  • É normal. Sempre me
    dizem isso. Mas não sou
    não, tentei novamente.

  • Ah, Bruno, para! Pos-
    so tirar uma foto com você?
    Desisti. Fizemos a foto.
    Todos os outros turistas do
    grupo se juntaram em uma
    rodinha. Uma moça quis
    fazer foto também. E mais
    um. E outro... e assim até
    com o grupo inteiro.

  • Olha, Bruno, adorei
    você de professor Raimun-
    do! Ficou melhor do que o
    original, alguém disse.

  • Ô, Bruno, não vai fa-
    zer como a Regina Casé,
    que veio aqui em Bonito e
    blá, blá, blá...
    Fui embora recebendo
    acenos. O guia que estava
    comigo, o Bôca, chorava de


reira de sósia de famoso,
porém, aconteceu recen-
temente em uma viagem
a Bonito, no Mato Grosso
do Sul. Eu estava fazendo
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uma daquelas nascentes de
água cristalina, nadando
tranquilamente entre pei-
xinhos coloridos. Quando
saí da água e tirei a másca-
ra de mergulho, havia um
grupo de turistas no deque,
na beira do rio. Um sujei-
to se aproximou. Olhou
na minha cara, apontou o
dedo e disse:
–Te conheço de algum lu-
gar. Acho que é da televisão.


  • Já sei. Você está
    achando que eu sou o Bru-
    no Mazzeo, né? Sou apenas
    parecido, esclareci.

  • Não. É você simmm...


D


izem que sou pa-
recido com o ator
Bruno Mazzeo. Há
tempos escuto isso. Acho
que tem certa semelhança
mesmo. Muita gente já me
confundiu. A primeira vez
foi uma senhora que tra-
balhava em uma banca de
jornal perto de casa. Ela
me perguntou se eu fazia
propaganda na televisão.
“Quem dera, minha se-
nhora”, respondi. Sempre
achei graça dessa história
e, com o tempo, aprendi
até a tirar vantagem da
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Certa vez, fui a uma festa
à fantasia em Ouro Preto.
Mas eu não tinha fantasia
e fui com camiseta e calça
jeans. Ao chegar no local
da festa, não queriam me
deixar entrar.


  • Sem fantasia não po-
    demos liberar a sua entra-
    da, disseram.

  • Mas eu estou fanta-
    siado sim. Não está vendo?
    Eu estou de Bruno Maz-
    zeo, argumentei.
    Acharam tanta graça
    que me deixaram entrar.
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    cara de pau, até participei
    do desfile das melhores
    “fantasias” para concorrer
    a um prêmio. Não ganhei
    por pouco.
    O auge da minha car-


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Ficaram todos tão felizes.
E eu experimentei meus
cinco minutos de fama.
Já em um hotel modes-
to em Fortaleza a gafe foi
minha. Um moça bonita
entrou comigo no eleva-
dor. Falei bom-dia e co-
mentei:


  • Já te disseram que
    você parece com a Camila
    Pitanga?

  • É porque sou eu mes-
    ma!
    Morri de vergonha.
    Não sabia onde esconder
    a cara. Pedi mil desculpas.
    A atriz estava na cidade em
    turnê com uma peça de tea-
    tro. Mas ela foi simpática,
    sorriu e devolveu:

  • E você? Já te disseram
    que parece o Bruno Mazzeo?

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