Exame Informática - Portugal - Edição 306 (2020-12)

(Antfer) #1
18

DE QUE É FEITO


UM EXOPLANETA?


Tem nome de sereia, mas não vai andar
pelas profundezas do oceano. Antes irá
andar a viajar para lá dos limites do Sis-
tema Solar, a estudar exoplanetas. A mis-
são Ariel, da Agência Espacial Europeia,
recebeu luz verde para passar à fase de
implementação e até já tem lançamento
marcado para 2029. Irá estudar, em deta-
lhe, a atmosfera de cerca de mil planetas,
gasosos e rochosos, muito quentes ou tem-
perados, graças a técnicas bem conhecidas
dos astrónomos, como a observação de
trânsitos (medição da diminuição da luz
de uma estrela, provocada pela passagem
de um exoplaneta à frente dessa estrela) ou
ocultações (quando o planeta passa atrás
da sua estrela, sendo ocultado por esta.),
e ainda à espectroscopia, que será usada
para detetar as 'impressões digitais' dos
gases que compõem as atmosferas exo-
planetárias. Investigadores do Instituto
de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA),
da Faculdade de Ciências da Universida-
de de Lisboa e da Universidade do Porto
irão participar na missão, desenvolvendo
ferramentas óticas de alta precisão para
os testes e calibração do telescópio Ariel,
e ainda na "sinergia entre o estudo das at-
mosferas dos planetas do Sistema Solar
e dos exoplanetas”, avança Pedro Mota
Machado, investigador do IA, para quem
este projeto representa “o início de uma
grande aventura para a Humanidade.” S.S.


ÁRVORES TERÃO MARCAS


DE SUPERNOVAS


O que se passa no Espaço nem sempre fica no Espaço. Investigadores da Uni-
versidade do Colorado Boulder suspeitam que explosões massivas de energia
das supernovas deixam marcas na Terra, mesmo acontecendo a milhares
de anos-luz de distância. As pistas analisadas, e apresentadas num artigo
científico publicado no International Journal of Astrobiology, foram obtidas
a partir da análise dos anéis de árvores. O carbono-14, também conhecido
como carbono radioativo, forma-se quando os raios cósmicos atingem a
Terra, sendo assimilado pelas árvores. Esta acumulação acontece a um ritmo
constante, Mas às vezes ocorrem picos de absorção deste isótopo, sem que
tenha ocorrido qualquer evento na Terra que o justifique. O que os investi-
gadores da universidade americana propõem é que os picos de carbono -
correspondam a períodos de explosões de estrelas em fim de vida. Para testar
a hipótese, olharam para as explosões que ocorreram relativamente próximo
da Terra, ao longo dos últimos 40 mil anos e comparou o momento destas
ocorrências com os anéis das árvores.Verificou-se que às oito supernovas mais
próximas correspondiam picos de carbono radioativo, sem causa conhecida.
Por exemplo, uma antiga estrela, na constelação Vela, a 815 anos-luz da
Terra, tornou-se numa supernova há cerca de 13 mil anos. Pouco depois, os
níveis do carbono radioativo subiram 3%, o que é considerado um aumento
enorme. Mais evidência é necessária para suportar a tese. Também está por
esclarecer o impacto da anomalia em animais e plantas. S.S.

PORQUE
Apesar de partir de uma base
de utilizadores potencialmente
maior, o Dating chega mais
tarde e a Facebook sempre
teve problemas em assegurar
a privacidade dos dados,
o que pode gerar desconfiança.


PORQUE
No papel, as novas gráficas da
AMD parecem conseguir um
pouco mais de desempenho
por um pouco menos de preço.
Resta-nos avançar
para os testes e comprovar
(ou não) na prática.

PORQUE
O novo smartphone topo de
gama da Samsung deve chegar
em três versões e o modelo
Ultra pode ter suporte para o
estilete que marca presença
na linha Note. A S Pen não
deverá, contudo, vir incluída.

PORQUE
Comerciantes franceses e
alemães queixaram-se e a
Autoridade da Concorrência
deve penalizar a tecnológica
pelo duplo papel de dona da
plataforma e de vendedora rival
que esmaga a concorrência.

FACEBOOK DATING
SUPERA TINDER

AMD RX 6000 XT BATEM
NVIDIA RTX 3000

GALAXY S21 COM
SUPORTE PARA S PEN

AMAZON MULTADA
NA EUROPA

38


%
52

%
61

%
74

%


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