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a PS4 e notámos ganhos. Alguns nú-
meros: UFC 4 (versão PS4) demorou
29 segundos a carregar na PS5 e 46
segundos na antecessora; Spider-Man
Miles Morales levou 30 segundos na
PS5 e 55 segundos na PS4. Pode não
parecer muito em termos absolutos,
mas é-o em termos percentuais. Se
a velocidade é uma clara mais-valia,
o espaço de armazenamento é um
claro problema. Dos 825 GB do SSD,
apenas 667,2 GB estão efetivamente
disponíveis para guardar jogos. A PS5
conta com uma slot disponível para
expandir o armazenamento através
de um SSD M.2. Contudo, esta fun-
cionalidade ainda não está disponível
e a Sony refere um vago “chegará no
futuro como parte de uma atualização
de software do sistema” – estamos em
crer que tal se deve à necessidade de
efetuar mais testes para garantir com-
patibilidade de SSDs M.2 em termos
de desempenho, design e suporte para
o sistema I/O da Sony. Para agravar a
questão, os jogos PS5, ao contrário do
que acontecia com a PS4, não podem,
para já, ser armazenados numa uni-
dade USB. Resumindo, só é mesmo
possível instalar jogos no SSD da con-
sola e, se tivermos em conta que, por
exemplo, NBA 2K21 ocupa cerca de 90
GB e Call of Duty: Black Ops Cold War
requer mais de 100 GB, será preciso
fazer uma gestão cuidada dos títulos
da biblioteca.
Por outro lado, se tiver jogos de PS4
instalados numa unidade USB, basta
ligá-la à PS5 para conseguir aceder a
esses títulos. A Sony refere que cerca
de 99% dos jogos serão retrocompa-
tíveis. É difícil aferir essa percenta-
gem, mas, pegando na nossa biblio-
teca como exemplo, verificámos que
mais de 80% dos títulos PS4 podem
realmente ser jogados na PS5. Se ligar
as duas consolas à mesma rede pode
transferir dados como evoluções nos
jogos e basta usar a mesma conta de
utilizador que já tinha para ter acesso
ao histórico, troféus e afins.
EFICIÊNCIA
O ruído ou, neste caso, o silêncio foi
uma das grandes diferenças que senti-
mos ao passar da PS4 para a PS5. O ba-
rulho de funcionamento da nova con-
sola é quase impercetível quer esteja
apenas ligada ou a ‘bombar’ em jogos
exigentes. É possível que tal se deva,
em parte, ao facto de ainda ter pouco
uso (não teve tempo para acumular
poeiras – embora seja fácil eliminar
a maior parte delas se retirarmos os
painéis laterais) e de a termos colocado
num local aberto, ou seja, sem estar
confinada com outros objetos à volta,
mas é, claramente, um sinal positivo.
Medimos um consumo médio de 69
a 75 W quando a PS5 estava no menu
principal e de 180 a 201 W durante os
jogos. A dissipação térmica pareceu-
-nos bem conseguida. O ar quente é
expelido pela traseira e apenas essa
zona aquece ligeiramente durante a
utilização da consola.
Há concessões a fazer.
Em Spider-Man: Miles Morales
temos de escolher entre melhores
gráficos ou maior fluidez
E COMO
É A EDIÇÃO
DIGITAL
DA CONSOLA?
Além do modelo que
analisamos aqui, a PS5
também está disponível
numa versão digital.
Quais as diferenças?
Antes de mais, o preço,
que é €100 inferior
(€399,99). Depois não
conta com a unidade
Ultra HD Blu-ray, ou seja,
terão de ser adquiridas
as versões digitais dos
jogos. Em termos de
hardware e desempenho,
as duas consolas são
exatamente iguais.
Fisicamente, a edição
digital pesa menos 600
g (3,9 kg) e tem menos
12 mm de espessura
(92 mm).