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graficamente exigentes. Isto quando
funciona! Esta é a parte negativa do
Quick Resume: é algo que nem todos
os jogos têm e ainda não é certo como
a consola faz a gestão dos jogos que
coloca em modo de acesso rápido (em
teoria são os jogados recentemente,
mas nem sempre resultou). Tive resul-
tados demasiado inconsistentes – por
vezes esperava que um jogo iniciasse
em Quick Resume, para depois reparar
que afinal arrancou do zero. Quando
funciona, é um excelente exemplo
da capacidade que a Xbox tem, mas
claramente precisa de afinação.
Mas o grande destaque é, como já
referimos, a consistência dos jogos em
si. Gears 5, com ray tracing (ilumina-
ção dinâmica realista) e em modo 4K
(as texturas são notoriamente me-
lhores, mas não são uma revolução),
corre a 60 fps ‘certinhos’. Dirt 5 idem.
Forza 4 aspas aspas. É simplesmente
muito boa neste capítulo. E em títulos
graficamente menos exigentes, como
Ori and the Will of the Wisps, mais do
que a resolução, é o modo HDR que faz
a diferença, garantindo uma riqueza
de cores muito boa. Este jogo (assim
como Dirt 5 e Gears 5 no modo mul-
tijogador) chegam aos 120 fps, mas na
televisão em que testámos o jogo (TV
de 2018), este modo não é suportado.
E isto é importante: provavelmente a
sua televisão também não vai suportar
tudo o que estas consolas têm para dar:
para o melhor desempenho, precisa
de garantir que é 4K, suporta HDR,
tem modo de reprodução a 120 HZ e
HDMI 2.1. Quantos mais pontos desta
lista conseguir garantir melhor, quan-
tos menos garantir, menos justifica o
investimento na consola. Fica o aviso.
Fechamos este capítulo com a re-
trocompatibilidade. Por apostar na
tal continuidade (sobretudo de arqui-
tetura de software), a Xbox Series X
tem acesso a jogos de todas (leu bem)
as anteriores gerações da Xbox. Se-
gundo a marca, são mais de dois mil
títulos disponíveis e que vão gozar de
atualização para HDR automática e
tempos de carregamento mais rápi-
dos. Testámos a versão digital de Fable
(Xbox 360) e executou sem qualquer
problema. Já em Quantum Break (Xbox
One) encontrámos engasgos, sobre-
tudo nos vídeos de transição.
EFICIÊNCIA
Em termos de consumos, os valores
são inferiores aos da PS5: 9 watts des-
ligada em modo de início rápido; 42
watts na interface, 60 w se estivermos
a 'navegar' e 140 w se estivermos a
usar a interface vindos de um jogo;
consumo médio de 150 watts nos jo-
gos (varia de título para título, houve
jogos na casa dos 120 w e outros na
casa dos 180 w); e consumo de 66
watts a executar a Apple TV Plus. Se
juntarmos a isto o facto de a XSX ser
muito, muito silenciosa – é preciso
estar literalmente junto à consola para
ouvir ruído da ventoinha –, estamos
perante uma máquina eficiente. Já na
dissipação, a XSX porta-se bem: sim,
se colocarmos as mãos na consola está
quente, mas é um quente confortável
e não um quente a tender para o fer-
ver. O ar expelido pela parte superior
também é consideravelmente quente,
o que no inverno até pode ser bom,
mas que no verão vai ser um problema.
Gears 5 captado na nossa XSX:
o detalhe em todo o cenário e a
dinâmica de luz são excelentes
XBOX SERIES S
Há uma outra consola
nova da Microsoft.
A Series S (sim, os
nomes são difíceis de
dizer e podem criar
confusão) custa apenas
€299 euros, mas há
diferenças consideráveis
(para pior): o SSD de
armazenamento é de
512 GB, dos quais só
364 GB são usáveis,
tem três vezes menos
potência gráfica e a
resolução nativa dos
jogos será de 1440 p e
não 4K. Além disso, não
tem leitor de discos. Por
outro lado, suporta jogos
até 120 fps, ray tracing
e a funcionalidade Quick
Resume. Ou seja, dá
parte da experiência de
nova geração, mas por
muito menos dinheiro,
ideal para os que
não querem a melhor
resolução possível ou
simplesmente não têm
uma TV que lhes permita
ter o melhor desta
nova geração.