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DESEMPENHO NOTA FINAL
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
A TV QUE RODA
SAMSUNG THE SERO €1599
N
ão estávamos à espera, mas este televisor com um ecrã que
roda – o que significa que tanto se pode ver na horizontal
como na vertical – gerou um choque de gerações: as pes-
soas mais velhas disseram “giro, mas, no fundo, serve para quê?”;
e as mais novas adoraram o conceito e começaram a pressionar os
pais para uma possível aquisição. Uma prova de que a Samsung
acertou ao assumir que a The Sero se destina às gerações Millen-
nial e Z. Mas a questão central mantém-se: a inovação justifica o
investimento? Vamos descobrir! Paulo Matos
Basta olhar para a The Sero para
constatar que estamos perante
uma TV diferente. Feita para estar
apoiada no chão, é reclinada quase
como uma moldura para fotografias.
Esteticamente diferente, sem dúvida.
Contudo, isso traz logo um desafio:
a zona das portas de conetividade
situa-se junto ao suporte e é de difícil
acesso. Além disso, não há porta
Ethernet. Há um único botão físico,
que tanto serve para ligar/desligar
o televisor como para navegar pelos
menus, embora, claro, seja possível
usar o comando fornecido para estas
funções. Quando desligamos a TV, ela
fica na vertical (mesmo que, antes
disso, estivesse na horizontal).
A qualidade de imagem surpreendeu-nos
pela positiva. Estamos perante um painel
QLED 4K de 43” com resultados equilibrados
e realistas, sendo capaz de mostrar cores
vivas, bom grau de detalhe e gradações dos
pretos bem conseguidas. Há, todavia, algum
efeito espelho num ambiente com muita luz.
Além disso, por uma questão de rácio,
vários conteúdos ficarão com barras
negras a cortar a imagem. O áudio foi
outra boa surpresa. O sistema 4.1 de
60 W tem agudos muito definidos. Falta
um pouco mais de poder aos graves para
considerarmos o som da Sero excecional,
mas, ainda assim, é, claramente, muito bom.
Diferenciador é o facto de podermos
emparelhar a Sero com o smartphone e o ecrã
da TV rodar quando fazemos o mesmo gesto
com o terminal (o processo leva cerca de
três segundos). Inequivocamente, divertido!
Contudo, há uma série de limitações que
importa ter em conta. A primeira é a de que
só conseguimos fazer esta rotação com um
smartphone Samsung, já que um Huawei com
Android que usámos para teste limitava-se
a espelhar o conteúdo do telemóvel (sem
rotação) e com um lag que tornava experiência
penosa – algo particularmente grave em
redes sociais como o Instagram, onde as
imagens ficavam com ‘ghosting’. A experiência
só se tornou mais fluída quando usámos o
smartphone da Samsung. Teoricamente,
é possível emparelhar com iOS, mas não
tivemos oportunidade de testar essa função.
Já fizemos a comparação entre a
Sero e uma moldura fotográfica e ela
ganha mais força quando usamos a app
SmartThings para definir wallpapers para
a TV. A Samsung disponibiliza vários, mas
podemos personalizar o painel com qualquer
fotografia da nossa galeria de imagens.
Esta aplicação também permite controlar
remotamente o televisor – aumentar/diminuir
volume, escolher fontes, rodar o ecrã, etc.
Como é primordialmente pensada para
millennials, achamos que faz sentido usar
o ecrã da Sero na vertical quando estamos
a consultar redes sociais e na horizontal
para jogar algum dos títulos que temos
instalados no smartphone ou para ver
conteúdos. Contudo, temos de recorrer
sempre ao smartphone para fazer scroll
ou usar controlos, o que contraria um
pouco a ideia de usar a TV em vez do
telemóvel. A nível de sistema operativo,
este é um típico televisor Samsung com
Tizen, que apresenta uma interface limpa
com atalhos rápidos para, por exemplo,
Netflix, Prime Video, Apple TV e YouTube.
IMAGEM
Muito Bom
APLICAÇÕES
Muito Bom
CONECTIVIDADE
Bom
CONSUMO
Bom
samsung.com/pt
3,7
CARACTERÍSTICAS
Ecrã QLED 4K de 43”
(3840x2160) ○ HDR 10+,
HLG ○ 60 W, coluna 4.1, Dolby
Digital Plus, Adaptive Sound
+ ○ Tizen OS ○ 3x HDMI, 2x
USB, Wi-Fi 5, Bluetooth 4.2 ○
564x1200x327 mm ○ 33,3 kg
UM DESIGN INOVADOR E UM ECRÃ ROTATIVO
DIFERENCIADOR, ONDE AINDA HÁ ARESTAS
A LIMAR. BOA QUALIDADE DE IMAGEM
E ÁUDIO NUM ECRÃ 4K DE 43 POLEGADAS