Viaje Mais - Edição 200 (2018-01)

(Antfer) #1

CAPA Lisboa


fantasmas. A casa mantém reservada
a mesa que o poeta Fernando Pessoa,
um velho habituè, costumava usar.
A mesa no canto do salão tem fotos
e livros do escritor. O dono do café,
Seu Antônio, está sempre ao balcão
e adora uma boa prosa. Orgulha-se
de ter atendido ali muitos brasileiros
célebres, de Jorge Amado a Fernan-
do Henrique Cardoso.
Quem gosta de história não pode
deixar de conhecer o Lisbon His-
tory Center, um museu que conta
a história da cidade desde os fení-
cios, que ali estiveram oito século
antes de Cristo. O museu tem salas
decoradas com peças de época – há
até uma réplica em miniatura de
uma caravela – e o visitante caminha
por elas enquanto escuta a narração
em um áudioguia. O mais legal é o

cinema, com um curta-metragem
sobre o terremoto de 1755. A entra-
da custa € 8 e dá direito a subir ao
terraço do Arco da Augusta. É um
ponto privilegiado para ver a Cida-
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Praça do Comércio, do outro, a Rua
Augusta, a principal do bairro. Tra-
ta-se de um calçadão para pedestres
onde os restaurantes colocam mesas
nas calçadas, artistas fazem perfor-
mances de rua, ambulantes vendem
castanhas assadas e turistas babam
nas vitrines das pastelarias, que em
Lisboa não vendem pastéis, mas sim
doces, os famosos doces conventuais
portugueses, preparados com muito
açúcar e gema de ovos. Nenhum
é mais tradicional do que o pastel
de nata. Um certo ritual em Lisboa
manda comer essa delícia no bairro

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A Praça do Comércio, o coração de Lisboa; ao lado, o simpático elevador da Santa Justa
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