Viaje Mais - Edição 201 (2018-02)

(Antfer) #1
VIAJEMAIS 59

FOTOS

: SHUTTERSTOCK

O


trem que leva de Zurique a
Lucerna parece uma máqui-
na do tempo: o viajante embarca
na maior cidade suíça e, 45 minu-
tos depois, desce com a impressão
de ter retrocedido à Idade Média.
Especialmente quando vislumbra a
Ponte da Capela, erguida no século
14 sobre as águas do Rio Reuss. No
meio da ponte está a Wasserturm,
uma torre que já serviu de presídio.
Hoje, é apenas mais um motivo para

sacar a câmera enquanto crianças
alimentam os gansos à beira do rio.
A fartura de águas e inúmeras
pontes no Reuss renderam a Lucer-
na o apelido de Veneza Suíça. Até o
carnaval é parecido ao da clássica
cidade italiana, com os foliões mas-
carados desfilando nas ruas anima-
dos com as inúmeras bandinhas de
instrumentos de sopro.
Caminhar é a melhor forma
de conferir os pontos turísticos de

Lucerna. Comece pela Igreja dos
Jesuítas, que fundaram a cidade
em 1534, liderados pelo espanhol
Inácio de Loyola. Atualmente, o
templo é metade católico, metade
protestante. Siga ao Museu Picasso,
que reúne as mais importantes gra-
vuras dos últimos anos de vida do
pintor espanhol. Aos interessados
por engenharia, a dica é o Museu
Suíço dos Transportes.
Para admirar a beleza medieval
de Lucerna, fique nas esplanadas
nas duas margens do Rio Reuss,
com muitos cafés cujas mesas to-
mam conta da calçada. Os prédios
do centro histórico se refletem nas
águas calmas do rio, que desemboca
em um lago adornado por monta-
nhas. Há cruzeiros pelo Lago Lucer-
na oferecidos pela companhia Lake
Lucerne (www.lakelucerne.ch). Fo-
ra do centro histórico, um táxi po-
derá levá-lo a Tribschen, onde está a
casa do compositor clássico Richard
Wagner, autor de Tristão e Isolda,
hoje transformada em museu.

A Ponte da Capela, do século
14, símbolo de Lucerna

LUCERNA
A Veneza helvética

Bela Lucerna:
casarões medievais
e astral de paz às
margens do Rio Reuss
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