VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA NÚMERO 5

(MARINA MARINO) #1

Lindevania Martins conta que
começou a escrever na adolescência,
depois parou e retomou aos 20 anos.
“Não sentia segurança sobre os meus
textos,aqualidade.Etambémnãosabia
sequeriame expor,porqueescrevendo
você acaba se expondo muito. Mas aí
veio o concurso literário da Prefeitura
deSão Luís.Participei, venciem 2003 ,
vencide novoem 2004. Mas em 2004
não publiquei. É um concurso
conceituado aqui no estado. Ferreira
Gullar já foi vencedor desse concurso.
Assimadquirimaissegurançaecomecei
a me dedicar mais à escrita,
paralelamente ao meu trabalho na
DefensoriaPública”.
Protagonista da própria história,
Lindevania Martins vem escrevendo e
reescrevendo capítulos do livro desua
vida para ser uma história diferente,
com muita luta mas também com
muitasvitóriaseumrumodiferentede
seusantepassadosque foramescravos.
De origem pobre, ela e a família
moravamnaperiferiadePinheiroantes
desemudaremparaSãoLuís.Carregam
uma história de lutas: pela
sobrevivência,peladignidadeerespeito
e contra o preconceito. “É isso que a
literatura me ajuda a fazer. Buscar um
mundo melhor. Minhas profissões,
defensora pública e escritora,
caminhamnomesmosentido,osentido


debuscar ummundo mais justoe
igualitário, especialmente na luta
das mulheres e população LGBT
que tanto sofrem ainda no nosso
paísetambémmundoafora.Tenho
um compromisso ético com as
futurasgerações,comasmulheres,
comosjovensecomascrianças.
O Direito e a Literatura em
minha vida seguem o mesmo
trilho”, conta, emocionada, a
escritoraedefensorapública.

Mulherio das Letras: Coletivo
Feminista Literário, formado por
mulheres diretamente
interessadas na expressão pela
palavra escrita ou oral. (REGRAS
DO MULHERIO DAS LETRAS)
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