Quatro Rodas -Edição 739 (2020-11)

(Antfer) #1

Q


uadro de instrumentos com tela
digital colorida, carregamento
sem fio para smartphones, cen-
tral multimídia com Android Auto
e Apple CarPlay, direção com ajuste
de profundidade e câmbio automá-
tico estão entre os equipamentos
requisitados pelos compradores de
automóveis novos. Pode até faltar
alguns destes itens em algum SUV
compacto, mas eles já estão disponí-
veis nos caminhões extrapesados. O
Volkswagen Meteor não só prova isso
como supera muito carro da marca.
Desenvolvido e fabricado no Brasil,
o Meteor é o maior e mais potente
Volkswagen do mundo. Você pode
considerá-lo uma atualização do
MAN TGX, vendido no Brasil desde


  1. A cabine é praticamente igual
    nos dois, com direito a peças de es-
    tamparia importadas da Europa e
    unidas na fábrica de Resende (RJ),
    mas trataram de dar personalidade
    mais familiar ao Meteor. A nova tam-
    pa do motor segue a mesma identida-
    de de design estreada pelo Delivery, e
    combina com o novo para-choque. Os
    faróis, com luzes diurnas de led inte-


gradas, não mudaram mas dão con-
tinuidade aos cromados da dianteira.
Se o preço foi um dos motivos para
o MAN TGX não ter feito sucesso no
Brasil, a nacionalização promete im-
pulsionar o Meteor. Começou pelo
motor, que antes tinha o bloco fundi-
do no Brasil pela Tupi, mas montado
na Alemanha e depois enviado de
volta. Aproveitaram para mudar mais
de 130 componentes a fim de melho-
rar os números de potência, torque e
o consumo. Não à toa, o Volkswagen
é até mais potente que os TGX nacio-
nais e os da nova geração na Europa.
Nosso contato foi com o maior
Meteor de todos, o 29.520 6x4 – com
tração nos dois eixos traseiros –, en-
tre-eixos de 3,60 m (há opções de 3,20
e 3,40 m) e tanque para 940 litros. Seu
enorme seis-cilindros 12.4 turbodie-
sel entrega 520 cv a 1.800 rpm e os 255
kgfm mostram seu poder entre 1.000
e 1.400 rpm. Parece uma faixa estreita
de torque para quem está acostumado
com automóveis, mas é ampla para
um motor tão grande.
Na versão da foto, 28.460 6x2, en-
trega 460 cv e 234,5 kgfm. O motor é

exatamente o mesmo, o que muda é o
mapa da injeção de combustível.
Para os dois o câmbio é sempre
automatizado. Nada de I-Motion: se
trata do V-Tronic acoplado à caixa
ZF TraXon de 12 marchas – uma de
16 relações é opcional. A operação é
por um seletor giratório no meio do
console central muito parecido com
a chave dos faróis. Tem até posições
extras próprias para manobras, que
torna o acoplamento da embreagem
mais rápido e preciso.

PONTO DE VISTA Não deixe que os do-
nos de SUVs descubram que após su-
bir três degraus e alcançar a cabine de
um extrapesado eles poderão ter uma
visão livre não só do trânsito, mas
do horizonte. No Meteor, o motorista
ainda pode regular a altura e o nível
de amortecimento do próprio assen-
to, que é pneumático e tem o cinto de
segurança e o apoio de braço integra-
dos. Por sinal, até mesmo o ajuste da
direção tem travamento pneumático:
nada daquelas travas duras, irritantes
e às vezes imprecisas tão comuns nos
carros, é só apertar um botão.

impressões ao dirigir | ASDxASDxAfxADfxDfxD


A visibilidade que
se tem no posto
de comando
surpreende

80 quatro rodas novembro


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