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FOTOS
: TALES
AZZI
O que a paisagem exibe é com-
provado por números de peso. Men-
doza reúne cerca de 1.200 vinícolas
- ou bodegas, como dizem os men-
docinos –, o que quer dizer que a
viagem pela região é envolta por um
prazeroso mergulho no mundo dos
bons vinhos. Para har monizar com
as deliciosas degustações, prove a
culinária cada vez mais estrelada,
elaborada por grandes chefs, e apro-
veite os aprazíveis parques, os es-
portes outdoor, os passeios ao Monte
Aconcágua (pico mais alto das Amé-
ricas) e os hotéis de sonho integrados
às vinícolas e mesmo na cidade.
UVAS BEM ADAPTADAS
Mendoza entrou no radar inter -
nacional no final dos anos de 1950,
quando a gigante das bebidas Moët
& Chandon, hoje parte do pode-
rosíssimo grupo LVMH (detentor
das vinícolas Château d’Y quem,
Veuve Clicquot e Dom Pérignon,
além de grifes como a Louis Vuit-
ton), resolveu instalar ali a primeira
subsi diária da empresa fora da Fran-
ça. Na época, o enólogo Hervé Bir -
nie-Scott (hoje à frente da vinícola
Terrazas de los Andes, também de
propriedade da LVMH) pôs em
prática a ideia de cultivar uvas de
acordo com os vá rios micro climas
que Mendoza apresenta nas dife-
rentes altitudes de suas montanhas.
A uva malbec – hoje a cepa argen-
tina por excelência – é cultivada a
1.150 metros; a cabernet sauvignon
costuma ocupar terrenos a 1 mil
metros; e a chardon nay, a cerca de
1.300 metros de altitude.
A uva malbec origina os vinhos
que grande parte dos viajantes está
doida para provar, mas a verdade é
que ela “apenas” se adaptou muito