54 VIAJEMAIS
ESTADOS UNIDOS
Cerca de 90% dos animais são
tratados no próprio parque e devol-
vidos a seu hábitat. Os 10% que não
podem voltar ao lugar de origem
por causa de danos sérios têm dois
caminhos: ou são enviados a outras
organizações do país ou passam a
ter o SeaWorld como moradia. É o
caso de Henry, a microcoruja que
chegou com seis semanas ao parque
depois de cair de um ninho e ter uma
asa quebrada. Ou da garça Baron,
que só tem uma asa e nunca mais
voará. Ambas são tão apegadas aos
tratadores que passeiam pelo Sea-
World sem desviar o olhar de seuscuidadores, sempre prontos a res-
ponder às perguntas das crianças
que formam rodas para ver os bi-
chos. “Nós temos um vínculo com
os animais, mas nossa maior alegria
é ver que estão saudáveis para serem
devolvidos à natureza”, diz o trata-
dor Alex Gonzalez.
Outros que também passam por
uma recuperação no parque – e são
bem maiores do que a pequena co-
ruja Henry – são os peixes-bois, os
quais ocupam as piscinas de reabi-
litação cuidadas pelo supervisor de
mamíferos marinhos Pedro Ramos,
há “apenas” 25 anos trabalhandono SeaWorld. Ele observa atento,
por exemplo, a fêmea que, atingida
por uma embarcação, tem machu-
cados por todo o corpo. Ela vive
ali junto com o filhote e é um dos
cerca de 20 peixes-bois resgatados
por ano pelo parque.
Os turistas podem conhecer es-
ses animais doentinhos, ver bem de
perto as espécies que protagonizam
as atrações, conversar com os mo-
nitores e entender o processo de
cuidados por meio de um pacote
extra, o Behind the Scenes, que cus-
ta desde US$ 29 para 1h15 de pas-
seio (parte do valor é doado ao Sea-
World and Busch Gardens Conser-
vation Fund, que financia projetos
de conservação de diversas espé-
cies). Quem adere ao tourfica cara
a ca ra com peixes-bois, tartarugasTartarugas virtuais
passam por todos
os lados no Turtle
Trek, um filme 3D
em tela 360 grausNATÁLIA MANCZYKFOTOS: DIVULGAÇÃONATÁLIA MANCZYKOs pinguins e a
corujinha Henry (à
esq.) são alguns dos
moradores do
SeaWorld vistos de
perto pelos visitantes