VIAJEMAIS
Maior entre os sete pequeninos
Estados que formam os Emirados
Árabes Unidos e capital desse mi-
lionário conglomerado, Abu Dhabi
esbanja tanta riqueza que chegou
a dar uma mãozinha para Dubai,
sua vizinha mais famosa, quando a
recente crise econômica mundial
provocou sérios transtornos aos
negócios e investimentos ali des-
pejados à época. Mais do que isso,
usou o fato de contar com a sétima
maior reserva de petróleo do mun-
do para dar vida a novas, e nem um
pouco modestas, atrações, como a
construção das filiais dos museus
do Louvre, que deve ficar pronta
até o fim de 2015, e do Gugge-
nheim, prevista para 2016.
Um assombro para um lugar
que, até a segunda metade do século
20, não passava de um cantinho
desértico e quase esquecido no
Oriente Médio, onde um punhado
de beduínos vivia em condições
simplórias. Foi aí que o ouro negro
jorrou e o xeque Zayed bin Sultan
Al Nahyan (1918-2004), com os
cofres de seu suntuoso palácio abar-
rotados por petrodólares, tino para
os negócios e muita disciplina e am-
bição para arquitetar o futuro do
emirado, transformou o lugar numa
cidade-Estado organizada, eferves-
cente e de arquitetura para lá de ar-
rojada. Como se fossem pedidos
realizados a um gênio da lâmpada,
brotaram por lá, numa velocidade
avassaladora, avenidas, arranha-
-céus high-tech, hotéis de grifes in-
ternacionais, shoppings e, para que
todo mundo chegue lá com confor-
to e sem ter de fazer escalas inter-
mináveis, uma das melhores com-
panhias aéreas do planeta, a Etihad,
que inclusive opera voos diretos en-
tre Abu Dhabi e São Paulo.
SAFÁRI NO DESERTO
Embora reúna menos atrativos
turísticos do que Dubai, Abu Dhabi
merece bem mais do que um bate
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