Placar - Edição 1469 (2020-11)

(Antfer) #1

48 NOV | 2020


Prorrogação PRIMEIROS PAS SOS


via acabado de chegar à final da
Copa dos Campeões, se preparava
com afinco para o Campeonato
Brasileiro (terminou a primeira fa-
se em sétimo lugar e caiu nas quar-
tas de final para o então Atlético
Paranaense, que seria o campeão) e
a Mercosul (não passou da fase de
grupos). “O meio-campo, o coração
do time, deve mudar, e muito, para
melhor”, cravou a revista.
Na época, o elenco contava com
nove meio-campistas: além dos três
já citados, Carlos Miguel, Fabiano,
Fabio Simplício, Harison, Reinaldo
e Souza. “A concorrência é sempre
uma boa. Você nunca se acomoda

dessa forma”, dizia Kaká, que já era
assediado para sair do clube. “O São
Paulo não quer vendê-lo agora.
O Kaká também não quer sair.
O obje tivo dele é se firmar como ti-
tular e buscar um espaço na seleção
principal”, explicava seu empresá-
rio, Wagner Ribeiro. Criado no Mo-
rumbi, o jovem meia tinha apenas
12 anos em 1994, quando Leonardo
deixou o tricolor para atuar na
França, e já jogava futebol de salão
e futebol de campo no departamen-
to social do clube.
No fim de agosto, Kaká estava
novamente na capa de PLACAR.
Dessa vez, sozinho pela primeira

vez. A pergunta era direta: “Sai da-
qui um Raí?”. Menos de dois meses
haviam se passado e ele já era des-
taque e artilheiro do tricolor. Vale
lembrar que, no início do ano, Ka-
ká havia feito dois gols na final do
Torneio Rio-São Paulo e, mais uma
vez, a revista apostou alto na “pro-
messa”. “A posição em campo é a
mesma; a vocação para fazer gols,
também; o carisma junto aos tor-
cedores, parecido; a pinta de bom-
moço, idem; o assédio dos (ou das)
fãs se assemelha...” Logo em segui-
da, havia uma tentativa de se dis-
sociar das comparações. “Como
Caio, hoje no Fluminense, ele mo-

EDUARDO MONTEIRO

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