50 NOV | 2020
PRORROGAÇÃO PRIMEIROS PAS SOS
no clube: de dez a quinze por sema-
na, com “todo tipo” de comentários
e pedidos. O menino de 19 anos es-
tava ganhando corpo (tinha passa-
do de 72 para 76 quilos), o que o aju-
dava a se impor em campo. Nas pa-
lavras do técnico Nelsinho Baptista,
“o Kaká tem qualidade, não é só um
momento que ele está passando”.
Ainda era novembro, 2001 nem
havia terminado e já estava Kaká
novamente em destaque na revis-
ta. O “xodó” do tricolor tinha feito
dez promessas um ano antes, e se-
te haviam sido cumpridas:
- Voltar a jogar futebol (ele so-
frera um acidente num parque
aquático que resultou numa fra-
tura de uma vértebra da coluna
cervical). - Subir para os proissionais.
- Figurar entre os 25 que fazem
parte do elenco. - Brigar por uma vaga entre os
dezoito que sempre se concentram
para os jogos. - Ganhar uma vaga de titular.
- Jogar o Mundial Sub-20.
- Manter-se como titular do São
Paulo.
Ainda faltavam três sonhos,
mas eles não dependiam só dele
mesmo: ser convocado para a se-
leção principal, jogar na seleção
principal e transferir-se para Itá-
lia ou Espanha. Carlos Alberto
Parreira estava cotado para ser o
coordenador técnico na Copa de
2002, disputada na Coreia do Sul e
no Japão, e disse o seguinte a
PLACAR naquela edição de no-
vembro de 2001: “Kaká não pode
icar fora do Mundial porque é a
maior revelação do futebol brasi-
leiro dos últimos tempos”. O meia
são-paulino foi de fato convocado,
entrou em campo por alguns mi-
nutos, no jogo contra a Costa Rica
Praticando tênis em um treino
organizado por PLACAR em
2001: o segundo esporte
era o mesmo do ídolo Raí
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