Clipping Banco Central (2020-12-06)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
domingo, 6 de dezembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Bitcoins

bloqueou o acesso à intemet, às redes e aos sistemas
de telefone. Depois, o secretário-executivo Elcio Franco
reconheceu "indícios" de "tentativa de ataque
cibernético", sem "comprometimento, sequestro ou
vazamento de informações".


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foi atacado
no primeiro turno das eleições, mas aparentemente sem
intenção de sequestro. Era uma ação de negação de
serviços, coordenada para derrubar sistemas com
volume imenso de acessos simultâneos. Dados
roubados anteriormente do TSE foram divulgados, mas
não houve dano à eleição e suspeitos foram presos.


TREINAMENTO PARA RISCOS


Para evitar essas ações criminosas, as empresas
devem se preparar com soluções de segurança em
camadas. O antivírus instalado nos computadores dos
funcionários não é suficiente. É preciso investir em
tecnologia e bons processos, como a atualização
constante dos sistemas operacionais e de outros
softwares. E o principal, frisam os especialistas: treinar
funcionários.


Anderson Ramos, diretor executivo e fundador da
empresa de cibersegurança Flipside, diz que as grandes
empresas aumentaram a preocupação com riscos de
falhas no sistema desde o início da pandemia com a
massificação do home office. Mas observa que, com
empregados em casa, ficou mais difícil a capacitação de
todos sobre os riscos à segurança da rede corporativa.


De acordo com Ramos, a maioria dos programas
maliciosos conhecidos precisa que algum usuário
cometa erros, como clicar em links ou instalar
programas que infestam a rede. Embora sejam mais
raros, há também ransomwares que exploram falhas
mesmo sem interação com usuários.


A segurança precisa ser um hábito. Quando as pessoas
saem de casa, fecham a porta. Quando deixam os
terminais, precisam bloquear o computador. A gente
aprende desde criança a não conversar com estranhos,
então não pode abrir e-mails e mensagens de


desconhecidos - recomenda Diógenes, da CLM. - As
pessoas precisam ter tanto medo de serem alvo de
malwares como de serem assaltadas na rua. Até
porque, hoje, o dinheiro não está mais na carteira, está
em bancos de dados.

OFENSIVAS VIRTUAIS EM SÉRIE

Embraer

No fim de novembro, a empresa desligou servidores
para minimizar o efeito de um ataque de hackers, que
pediram resgate em criptomoedas, para dificultar
rastreamento. Segundo a Embraer, o impacto não foi
relevante em suas operações.

Telefônica

Em 2017, a Telefônica, que controla a Vivo no Brasil,
sofreu um ataque do ransomware WannaCry. Todos os
computadores da sede, em Madri, foram desligados às
pressas, mas a empresa de segurança Avast estimou
que 85% foram atingidos.

Outros casos lá fora

Este ano, um hacker pediu US$ 3 milhões para liberar o
sistema do Grupo Travelex,do Reino Unido. Na
Alemanha, ação similar num hospital provocou a morte
de um paciente.

Nos EUA, uma prefeitura da Flórida pagou resgate
digital de US$ 2,3 milhões.

"As pessoas precisam ter tanto medo de serem alvo de
'malwares como de serem assaltadas na rua. Até
porque, hoje, o dinheiro não está mais na carteira, está
em bancos de dados "

Pedro Diógenes, diretor-técnico da CLM, de segurança
digital

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