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(Antfer) #1

'Vacina chinesa está para sair


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 6 de dezembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Vinícius Torres Freire


China e Turquia esperam vacinarem dezembro;
Indonésia, em janeiro, dizem governos


O governo chinês diz que "em breve " haverá um
"grande anúncio " a respeito de vacinas com "vírus
inativados". Trata-se das vacinas da Sinovac e da
Sinopharm. Meios de comunicação chineses dizem que
o anúncio dessas vacinas é "iminente'' e que uma
aprovação oficial deve ocorrer até o fim do ano -tratam
do Brasil, sem o dizer. São Paulo comprou a Sinovac.


Essa vacina chega no próximo dia u à Turquia, que
comprou uma partida inicial de 30 milhões de doses. O
governo turco pretende testá-la por duas semanas e
começar a vacinação no dia 25, se o teste der certo.


A Indonésia vai receber 50 milhões de doses da
Sinovac até fevereiro. O plano original era começar a
vacinar na última semana de dezembro.


O prazo mais realista é a terceira semana de janeiro,
conta um ex-colega de faculdade deste jornalista. Ele


trabalha na alta administração de seu país. Diz que
espera "aprovação em breve da vigilância sanitária
brasileira" que já estaria examinando a vacina, ele acha.

Por que Brasil, Turquia e Indonésia? Porque são os
países onde a Sinovac testou sua vacina na fase 3.

Como se vê, há um burburinho grande sobre a "vacina
chinesa" Não é apenas João Doria que faz promessas.

Mas não é possível acreditar sem mais em palavra de
político, aqui ou na China, claro. Nada se sabe sobre a
eficácia da Sinovac. Além do mais, ainda não há
informação sobre o que significa "eficácia" nem mesmo
no caso das vacinas da Pfizer/ BioNTech, da Moderna
ou da AstraZeneca/Oxford, que começa a ser aplicada
no Reino Unido nesta segunda-feira (7).

Os resultados dos testes desses três produtos já foram
anunciados, mas de modo vago. Os estudos não foram
publicados em revistas científicas, com revisão técnica.
Não contaram se "eficácia" significa imunidade, se quer
dizer proteção contra os efeitos piores da Covid-19 ou
se a pessoa "imunizada'' ainda pode transmitir a
doença.

Ainda assim, algo se move.

Na sexta-feira (4), o vice-diretor do programa de vacinas
chinês, Wang Junzhi, anunciou que 600 milhões de
doses dos produtos da Sinovac e da Sinopharm estarão
"no mercado'' até o fim deste ano; um "grande anúncio"
deve ocorrer entre uma e duas semanas. Na quarta-
feira (2), a vice-primeira-ministra da China responsável
pela área da saúde, Sun Chunlan, dissera que todas as
pessoas de grupos de alto risco estarão vacinadas até o
fim do ano em seu país.

As vacinas da Sinopharm e da Sinovac foram liberadas
para uso emergencial na China desde julho.
Profissionais da saúde, que trabalham em portos e
aeroportos, empregados da indústria de alimentação,
em transportes, militares, diplomatas, funcionários da
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