Clipping Banco Central (2020-12-06)

(Antfer) #1

Argentina aprova imposto extraordinário sobre fortunas


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 6 de dezembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

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Autor: Sylvia Colombo


O Senado argentino aprovou, na noite de sexta-feira (4),
o que ficou conhecido como imposto sobre grandes
fortunas, mas que se trata de uma taxa extraordinária,
com recolhimento único.


Pelas estimativas do governo, a taxa terá de ser paga
por 12 mil contribuintes que têm um patrimônio
declarado superior as 200 milhões de pesos argentinos
(ou R$ i2,6milhões pelo câmbio oficial). A lei entra em
vigor em janeiro.


O ex-presidente Maurício Macri, um dos empresários
mais ricos do país, afirmou que se trata de uma "medida
confiscatória". O deputado peronista Carlos Heller, que
redigiu o projeto, disse que "a taxação se aplicará a
apenas 0,8% dos contribuintes e que isso está longe de
afetar a atividade produtiva do país".


As alíquotas da taxa extraordinária serão progressivas.
O percentual mínimo será de 2% do patrimônio. Está
previsto um teto de 3 ,5% para fortunas superiores a 3
bilhões de pesos (R$ 190 milhões).


O objetivo do governo é arrecadar 300 bilhões de pesos
(R$ 19 bilhões de reais) para amenizar o impacto da
pandemia do coronavírus na economia argentina.

Em dezembro, o governo deixará de pagar o IEE
(Ingresso Familiar de Emergência) , benefício que tem
sido distribuído a famílias de baixa renda desde o
começo do isolamento.

O país já possui mais de 300 mil novos desempregados,
mesmo com o decreto que veta a demissão na
pandemia. Muitos pequenos e médios negócios, porém,
faliram, e o número de pessoas sem emprego vem
aumentando. A taxa de desemprego é de 14%.

Para manter o IEE e outros benefícios, o país realizou
uma grande emissão monetária, pressionando a dívida
pública. A inflação avança e acumula alta de 40% no
ano. O PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar em
2020 retração de 12,9%, segundo a mais recente
projeção da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico).

Na sexta-feira (5), foi feita uma atualização dos dados
sobre desigualdade, destacando que 44,2% da
população vive na pobreza. Pela métrica do Indec
(espécie de IBGE argentino), é considerado pobre quem
não ganha o suficiente para comprar a cesta básica do
país.

O governo diz que a taxa sobre fortunas vai garantir
subsídios e outros auxílios para essas famílias, e
permitir a concessão de crédito para pequenas e
médias empresas resistirem à pandemia.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Produto Interno Bruto
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