O Tempo (2020-12-07)

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Testes


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SÃO PAULO. A chinesa Co-
ronavac, da empresa
Sinovac, é a aposta do go-
verno paulista de João Do-
ria (PSDB) e motivo de em-
bate entre ele e o presiden-
te Jair Bolsonaro (sem par-
tido). Ainda não foram di-
vulgados dados que ates-
tem a eficácia da vacina,
mas já há promessa do go-
vernador de oferecer a imu-
nização a partir de janeiro.
Os testes da Coronavac
são feitos em parceria com
o Instituto Butantan, que
também tem acordo para
produção no país. A expec-
tativa da instituição, com
tradição na área de vaci-
nas, é de divulgar os dados
de eficácia até o dia 15.
Eficácia é a medida do
potencial da vacina de pro-
teger contra a infecção. Em
um ensaio clínico, ela é me-
dida pela proporção da re-
dução de casos da doença
entre o grupo que recebeu
o imunizante e o que rece-
beu o placebo. Não existe
um valor mínimo universal
de eficácia a ser alcançado,
mas, sim, uma ponderação
em relação a cada doença e
circunstância. A proteção
pode ser de 40% a 60%, no
caso da gripe, ou superior a
97%, contra o sarampo.
A primeira obrigação de
uma candidata a vacina é
conseguir resolver um pro-
blema de saúde pública me-
lhor do que as alternativas
disponíveis até então sem
causar um volume de efei-
tos colaterais que anule o la-
do positivo.

Atraso. População corre o risco de ficar mais tempo sem imunização ou receber opções menos eficazes


¬SÃO PAULO. Ao apostar as fi-
chas em poucas candida-
tas, o Brasil está ficando pa-
ra trás na corrida das vaci-
nas contra a Covid-19, e a
população corre o risco de
ficar sem os imunizantes
por mais tempo ou ter aces-
so apenas àqueles não tão
bons. A grande favorita do
governo federal é a produzi-
da pela Universidade de Ox-
ford (Reino Unido) em par-
ceria com a AstraZeneca.
Embora o imunizante te-
nha saído na frente na corri-
da, uma vez que já vinha
sendo testado para outros
coronavírus, sua média de
eficácia foi de 70%, tirada a
partir de dois valores –
62%, que seria o oficial, e
90%, relativo ao grupo que
recebeu apenas metade da
dose planejada na primeira
das duas injeções.
Ao analisar e divulgar es-
ses dados, a AstraZeneca
não soube explicar como
uma dose menor da vacina

se traduziu em mais eficácia
e, depois de receber questio-
namentos, admitiu erro e de-
ve conduzir novos estudos.
No Brasil, a vacina deverá
ser produzida pela Fiocruz,
que firmou com os produto-
res um acordo para transfe-
rência de tecnologia. O país
é também signatário do con-
sórcio da Organização Mun-

dial da Saúde (OMS), o Co-
vax Facility, que oferece vaci-
nas para até 10% da popula-
ção de países em desenvolvi-
mento, com 42 milhões de
doses garantidas.
No caso da vacina de Ox-
ford, o mais seguro é apostar
que tenha eficácia de 62%. É
isso que o Brasil pode alme-
jar até agora, já que não fe-

chou acordos com as candi-
datas de maior eficácia apre-
sentadas até então, como as
das farmacêuticas america-
nas Pfizer e Moderna (95% e
94,1%, respectivamente).
A Pfizer, que já concluiu
seus estudos e recebeu sinal
verde do Reino Unido, tem
acordos para fornecimento
de até 600 milhões de doses

para os Estados Unidos, 120
milhões de doses para o Ja-
pão, 200 milhões para a
União Europeia e 60 milhões
para a América Latina (exclu-
indo o Brasil).
Outra aposta do governo
americano, a Moderna tem
acordo para o fornecimento
de 100 milhões de doses pa-
ra o país. Para a União Euro-
peia, foram contratados
160 milhões de doses, e há
acordos similares com Cana-
dá, Japão e Qatar.
Os países mais ricos, que
já fizeram acordos para com-
pra de doses dessas duas fa-
bricantes, garantiram tam-
bém vacinas de pelo menos
outras quatro marcas. En-
quanto os Estados Unidos fir-
maram acordo com a Pfizer,
Moderna, AstraZeneca, Jans-
sen, Novavax e Sanofi, o Ca-
nadá lidera em doses per capi-
ta, com pelo menos nove.
A Europa encomendou
cerca de metade das doses
prometidas por Pfizer, Mo-
derna e AstraZeneca e tem
ainda produções locais, co-
mo das farmacêuticas Jans-
sen (Bélgica), Sanofi/Pas-
teur (França), e Curevac
(Alemanha).

Marieta Severo é internada


Grupo de risco. Diagnosticada com
Covid-19 no dia 25 de novembro, a atriz
Marieta Severo, 74, está internada no
Hospital Copa Star, em Copacabana, no Rio
de Janeiro, com pneumonia por “causa da
idade e de todos os riscos dessa doença”.
De acordo com a assessoria da atriz, ela
está internada desde o dia 3, por precaução
e segurança, e não há previsão de alta.

Eficácia da


Coronavac


deve sair


até o dia 15


DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Os países mais ricos
fizeram acordos
para comprar
várias marcas

JUAN MABROMATA/AFP

Preferida. No Brasil, a vacina favorita do governo federal é a de Oxford, com média de eficácia de 70%

Com poucas apostas, Brasil fica


para trás na corrida por vacinas


Nicete Bruno está estável


Paciência. A atriz Nicette Bruno, que está
internada com Covid-19, continua com
estado de saúde “inalterado”, informou sua
filha Beth Goulart na tarde de ontem. Beth
tem pedido uma corrente de orações para
sua mãe diariamente, às 18h. “O estado de
mamãe continua inalterado. Mas é assim
mesmo, é preciso ter muita paciência,
esperança, perseverança e fé”, disse Beth.

12 | O TEMPOBELO HORIZONTE|SEGUNDA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2020 CORONAVÍRUS


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