Viaje Mais - Edição 172 (2015-09)

(Antfer) #1

38 VIAJEMAIS


samente pelas charmosas ruas. Fa-
ça como eu e almoce no Marché
(mercado) des Enfants Rouges, li-
teralmente uma delícia de parada
depois de um footingnas redon-
dezas, em especial se for um sá-
bado de sol, quando o local é to-
mado pelos parisienses.
Logo ao lado está o 11^0 arron-
dissement, outra região que re-
centemente caiu nas graças dos
nativos e virou uma espécie de
bairro dos sonhos para a turma
dos 30 e poucos anos em Paris.
Por ser bastante residencial, o pe-
daço é deixado de lado pela maio-
ria dos turistas porque ali não há
nenhum museu ou atração do tipo
tem-de-ver. Mas é aí mesmo que
mora sua graça: passear por um
autêntico bairro francês, com ofer-
ta variada de animados bares e res-
taurantes, além de cafés e merca-
dos. De famoso mesmo a vizinhan-

ça tem “apenas” o Septime, restô
dono de uma estrela Micheline o
preferido da cantora Beyoncé na
cidade. Mas diversas outras casas,
como Percoir, Servan, Au Passage
e Chez Paul, também são uma de-
lícia. E custam bem menos.
Por lá, vale perambular pela rue
de Charonne – bom endereço para
ver as vitrines divertidas das lojas
April 77, COS e da incensada esti-
lista Isabel Marant – e ferver nas
concorridas baladas que rolam nos
fins de semana, caso da Les Disquai-
res. As ruas Oberkampf, Saint-
-Maur e de la Roquette também
atraem os passantes com seus cafés
e bares sempre disputados, dia e
noite, e, bien sur, pela deliciosa loja
de chocolates do estreladíssimo chef
Alain Ducasse. Às quintas e aos do-
mingos, o arborizado Boulevard Ri-
chard Lenoir ainda recebe uma feira
adorável, que vende de tudo.

ATMOSFERA ORIENTAL
Bons exemplos de como Paris,
além de ímã de turistas dos mais
distintos pontos do globo, é tam-
bém um fervilhante caldeirão cul-
tural por conta dos imigrantes vin-
dos de todas as partes são os bairros
de Belleville e Quartier Chinois. Si-
tuados em margens distintas do Se-
na – o primeiro está na Rive Droite
(lado direito do rio), enquanto o
Quartier Chinois ocupa a Rive Gau-
che (margem esquerda) –, esses são
os cantos asiáticos por excelência
da metrópole.
Apesar do jeito meio bagunça-
do, não fique com uma má impres-
são de Belleville. Alcançado pela
estação de metrô homônima, o lu-
gar oferece minúsculos e genuínos
restaurantes chineses com preço
baixo e boa qualidade – uma dá-
diva em tempos de euro com co-
tação alta em relação ao real –, e

É recente a badalação em torno de Haut Marais, a região hypedo momento: a vizinhança se encheu de lojas e bares descolados
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