Viaje Mais - Edição 172 (2015-09)

(Antfer) #1

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mana, dá para curtir Saint-Martin
sem apertos ou muvuca, o que tam-
bém se aplica ao adorável Parc des
Buttes-Chaumont, que os estrean-
tes em Paris dificilmente têm tem-
po de descobrir que é um dos me-
lhores lugares da cidade para um
belo piquenique: é tranquilo, bu-
cólico e descortina uma baita vista
dos arredores. O parque abriga
ainda o Rosa Bonheur, bar des-
contraído e perfeito para quem
quer bater papo observando fran-
ceses de diferentes tribos.
Tudo isso demonstra que a Ci-
dade Luz é fascinante e surpreen-
dente mesmo quando se passa ao
largo das atrações mais emblemá-

ticas, o que também se aplica à seara
dos grandes museus. Complexos
como Louvre, d’Orsay, Pompidou,
Picasso e Rodin são maravilhosos
e indispensáveis, mas dê uma chan-
ce a museus que ainda não fazem
tanto a cabeça dos forasteiros.
A fartura de opções engloba o
adorável Cluny (debruçado sobre
a Idade Média, o acervo é recheado
de móveis, objetos de arte, tape-
çarias, armaduras, manuscritos...);
o Quai Branly (as peças, dedicadas
à cultura e ao folclore de povos
não europeus, se espalham numa
estrutura que junta vidro, madeira
e plantas, cuja fachada é totalmente
ocupada por um monumental jar-

Château de
Vincennes: nem
todo mundo sabe,
mas Paris tem o
seu próprio
castelo medieval

dim vertical); o MAM (Museu de
Arte Moderna); e o Carnavalet,
cuja coleção passeia pela incrível
história de Paris.
E merece, e como merece, ser
posta na lista mais esta novidade: a
Fundação Louis Vuitton. À parte o
ultracontemporâneo projeto do pré-
dio, obra do arquiteto bambambã
Frank Gehry, o acervo reúne obras
da coleção particular de Bernard
Arnault (dono da grife Louis Vuit-
ton), mostras temporárias de arte
contemporânea e uma programação
com concertos e filmes, além de ofe-
recer um gostoso café-restaurante
e uma lojinha que é uma perdição.
Haja tempo para consumir e

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