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não se deslumbrar com a robusta
catedral gótica, a grande atração
de Huesca. Também por ali, nin-
guém fica indiferente ao prédio da
prefeitura, instalado numa torre de
tijolinhos, nem à linda Igreja de San
Pedro el Viejo, do século 12.
Nos últimos tempos, Huesca
vem chamando a atenção dos tu-
ristas por mais um motivo: a gas-
tronomia. Ao contrário de outros
vilarejos de Somontano, geralmente
polarizados entre os botequins de
comida caseira e os restaurantes de
algumas vinícolas, que servem re-
feições harmonizadas com a bebida
de Baco, Huesca investiu forte em
casas de alta gastronomia, coman-
dadas por chefs que valorizam os
ingredientes locais sem abrir mão
das tendências internacionais.
O destaque é o estrelado Lillas
Pastia, do chef Carmelo Bosque, que
capricha nos pratos à base de trufas,
e do aconchegante Las Torres. Se o
preço no jantar assustar, aproveitepreços em geral mais altos de Hues-
ca. Trata-se de um típico burgo es-
panhol, sem luxo e sem frescura.
Lá, cada um arrasta sua própria mala
ladeira acima. Ou abaixo.
Fica no alto a entrada da cidade
antiga – apelidada pelos locais deAs trufas são as
estrelas dos menus
de Huesca: ao
lado, servidas no
festival Trufa-te
e, mais à dir., no
restô Lillas PastiaMARICAMPOSMARICAMPOSA catedral
gótica é uma das
grandes atrações
do centro histórico
de Huescaos restôs no almoço, quando o menu
é bem mais em conta – e é tão sabo-
roso quanto o servido à noite.DO SOPÉ AO TOPO
A grande vedete de Somon ta -
no, entretanto, está a 47 km de
Hues ca. É a vila medieval de Al -
qué zar, que se esparrama numa
mon tanha no limite entre duas áreas
naturais imensas: o Par que Na cional
de la Sierra y Gua ra e o Parque Cul-
tural do Rio Vero, esse último con-
siderado Patrimônio da Hu ma ni -
dade pela Unesco por con ta de suas
pinturas rupestres.
A cada ano, mais e mais turistas
escolhem hospedar-se em Alquézar
para fugir das ruas mais cheias e dos