58 VIAJEMAIS
EUROPA Somontano
ao batente das portas. Nessa cidade
de tradição agrícola, elas foram ado-
tadas há séculos pelos nativos como
símbolo de proteção e fertilidade.DE GOLE EM GOLE
Quem roda por Somontano per-
cebe logo a fartura de parreirais na
paisagem. Não poderia ser di ferente
nessa região conhecida pela quali-
dade dos vinhos: são mais de 4.700
hectares de vinhedos, cultivados em
altitudes que variam de 350 metros
a 750 me tros, e dos quais saem 15
va riedades de uva, incluindo as endê -
micas garnacha (uva símbolo da re-
gião), garnacha blanca e parraleta.
Embora a produção da bebida
por lá seja tão antiga quanto a pró-
pria história de Somontano, só em
1984 veio a regulamentação, a pro-
fissionalização e a criação de um selo
de Denominação de Origem Con-
trolada, o qual atesta que a bebida
que recebe tal chancela respeita as
características pertinentes àquelageografia entre o vale e os Pirineus
e contém uma das 15 uvas autori-
zadas para a produção. Atualmente,
há 525 viticultores e 34 vinícolas na
região. A maioria delas pode ser vi-
sitada e se situa entre as cidades de
Salas Altas e Barbastro, que também
vale a esticada por conta do Mosteiro
de la Virgen del Pueyo. A construção
fica junto de um mirante que oferece
um dos visuais mais estupendos da
vizinhança, revelando uma sucessão
de vales, vinhedos e a onipresente
Cordilheira dos Pirineus.Uma das produtoras mais co-
nhecidas é a Viñas del Vero, na ci-
dade de Secastilla. Os proprietários
começaram o negócio há 15 anos
com um único vinhedo de garnacha
e hoje produzem uma boa varieda-
de de rótulos com diferentes tipos
de uvas, cultivadas tanto de forma
tradicional como orgânica. A visita
ao local leva cerca de uma hora,
tempo suficiente para conhecer o
processo de produção e armazena-
mento da bebida e, claro, degustar
alguns vinhos. Antes de ir embora,Acima, a produtora Sommos,
e, à dir., a Sers: os vinhos
de Somontano fazem bonitoSHUTTERSTOCKDIVULGAÇÃO