Viaje Mais - Edição 173 (2015-10)

(Antfer) #1
TRILHAS NOS PARQUES NACIONAIS
Não é preciso ter grande pre-
paro físico para conhecer os cânions
da Serra Gaúcha, nem sequer espí-
rito de aventura. Tanto que nas tri-
lhas estão famílias inteiras, do ne-
tinho ao vovô. Muitos caminhos
são fáceis e planos, contornando a

borda dos paredões. É assim no Câ-
nion do Itaimbezinho, no Parque
Nacional de Aparados da Serra, a
18 km de Cambará. Para ver as en-
costas e cachoeiras que chegam a
300 metros de altura, há duas trilhas
panorâmicas que podem ser feitas
numa mesma manhã: a do Vértice
(1,4 km, ida e volta) e a do Cotovelo
(6,3 km, ida e volta).
A melhor vista, entretanto, é a
que se tem do Cânion Fortaleza,
no Parque Nacional da Serra Geral.
É o maior de todos, com 7,5 km de
extensão, 2 km de largura e desfi-
ladeiros que chegam a 900 metros
de altura. Quem vai até o mirante
tem a nítida sensação de estar perto
do céu. Não só por causa da altura,
mas também por conta do fenôme-
no da viração, uma neblina espessa
que chega de mansinho e agarra-
-se aos paredões. O espetáculo é
formado pela umidade que vem do
litoral e condensa-se ao esbarrar

A trilha do Rio do Boi, que
passa pelo interior do Cânion
do Itaimbezinho, é para
quem gosta de aventura


No alto, o Cânion Fortaleza, com paredões
de 900 metros de altura; acima, o graxaim,
cachorro-do-mato comum na Serra Gaúcha
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