82 VIAJE Mais
nas encostas geladas dos cânions.
Quando há a tal viração, que en-
cobre a paisagem, a solução é seguir
para as cachoeiras da região, co mo
a dos Venâncios, do França, a Passo
do S e a Lageado das Margaridas.NÃO SE EMBRULHE: VÁ DE PACOTE
Muita gente conhece os cânions
de Aparados da Serra em uma via-
gem bate e volta combinada comoutros destinos da Serra Gaúcha,
como Gramado e Canela. É com-
preensível, já que ficam perto, mas
um passeio rápido assim não per-
mite conhecer muita coisa. Para
entrar no clima da região, que tem
voca ção para o turismo de descan-
so, oferecendo muitas pousadas
em meio ao verde, é melhor reser-
var dois ou três dias inteiros. Os
cânions exuberantes agradecem.Com mais tempo, ainda será
possível conhecer a cultura e as tra-
dições de uma região que tem tudo
o que há de mais típico do sul do
País, do chi mar rão ao churrasco no
fogo de chão. E também é divert ido
ouvir o sotaque dos moradores,
que usam o “tu”, conjugando o ver-
bo na segunda pes soa do singular.
De quebra, Cambará tem óti-
mos restaurantes regionais, como
o Galpão Costaneira, cuja comida
campeira é preparada em panelas
de ferro no fogão de lenha. Não dá
para ir até lá e não provar o galeto
na brasa do O Casarão ou o cama-
rão na moranga do A Taberna.
Para circular e conhecer os
principais cânions e cachoeiras,
é aconselhável estar de carro, ain-
da que a sinalização e as condições
das estradas de terra não sejam
muito encorajadoras. Para facili-
tar, uma alternativa é comprar os
pas seios em Cambará com as
agências, como a Cân ion Turismo
(www.ca nion turismo.com.br),
que montam gru pos para váriosDelícias da vizinhança: o
churrasco no fogo de chão
e a cerveja artesanal da
pousada Parador Casa
da Montanha (acima) e o
bufê de comida regional
do restaurante Galpão
Costaneira (à dir.)