Viaje Mais - Edição 173 (2015-10)

(Antfer) #1

84 VIAJE Mais


Quando a neblina “gruda” nos cânions, a boa é visitar as cachoeiras, como a dos Venâncios, uma das que compõem o Circuito das Águas

roteiros todos os dias. Além das
atrações tradicionais (Itaimbezi-
nho e o mirante do Fortaleza), as
empresas dispõem de tours para
quem curte atividades radicais. A
Cânion Turismo, por exemplo,
oferece esportes ao ar livre, como
rapel, pas seio de bote e moun tain
bike pelo Circuito das Águas, que
passa por diversas cachoeiras.
Também há trekkings puxados
para quem quer atividades mais de-
safiadoras. Se você faz parte dessa
turma, considere a Borda Sul, trilha
de quatro horas que margeia o Câ-
nion Fortaleza por cerca de 10 km
e permite admirá-lo de diversos ân-
gulos. Quem tem ainda mais espí-
rito aventureiro e bom preparo fí-
sico vai gostar da Trilha do Rio do
Boi, cuja ca minha da é pelo interior
do Cânion do Itaimbezinho, se-
guindo o leito do rio.

O acesso é feito pela cidade vi-
zinha de Praia Grande, também co-
nhecida como a “cidade das duas
mentiras”, já que não fica na praia,
tampouco é grande. A caminhada
pelo Rio do Boi exige mais das per-
nas, pois anda-se em trecho de pe-
dras por boa parte das seis horas
do percurso, o qual inclui diversas
travessias no rio, com a água na al-
tura do joelho. Mas o vislumbre
dos vertiginosos desfiladeiros de
baixo para cima, bem diante de ca-
choeiras de centenas de metros de
altura, compensa o esforço.
Fazer a viagem toda com pacote
também é uma boa, pois estão in-
clusos alguns passeios, hospedagem
e trans ferdesde Porto Alegre, o que
é de grande valia, já que não há ôni -
bus direto entre a capital gaúcha e
Cambará do Sul – é preciso fazer
uma “conexão” em São Francisco

de Paula. Com a Pisa Trekking
(www.pisa.tur.br ), operadora mais
atuan te na região, um pacote de
cinco dias custa a partir de R$ 1.620
por pessoa, com hotel, traslados e
passeios diários. Comprar com as
operadoras é ainda mais vantajoso
para quem opta pelas pousa das mais
con fortáveis, como a Parador Casa
da Montanha, onde pa gar pelas
diárias avulsas seria mais ca ro.
Quem vai ao “gran de cânion
brasileiro” não se ar repende. Ao
contrário, gosta, e muito. Não ape-
nas pela plenitude da paisagem, que
só existe ali, entre o Rio Grande do
Sul e Santa Catarina, mas também
por descobrir que o Brasil não é fei-
to só de praias, e que a Serra Gaúcha
não é só Gramado e Canela.

Tales Azzi viajou a convite da Ford e com apoio
da Pisa Trekking, agência Cânion Turismo e
pousada Parador Casa da Montanha
Free download pdf