Revista Literária Prosa & Versos

(Anita Santana) #1

livro infantil Hai Flores, Haicais passeiam
no jardim e já iniciei outro. Tenho poemas
para serem editados, confirmei participa-
ção em duas antologias. Então, já tenho
alguns trabalhos iniciados. Mas sei que a
qualquer momento pode surgir a ideia de
um novo projeto.


Diva Helena. Acredito que a ideia da cria-
ção da revista está relacionada com a sua
escrita. Quando você começou a escrever
e quando sentiu essa vocação?


Anita Santana. Comecei a escrever na
adolescência, a partir do desejo de expres-
sar meus sentimentos. Mas de alguma for-
ma a escrita sempre esteve presente, pois
sempre me encantei com a palavra escrita


Diva Helena. A revista Literária Prosa
& Versos propõe a divulgação das novas
formas poéticas bastante difundidas nos
grupos do facebook O que você acha dessas novas formas poéticas?


Anita Santana. Acho válido, desde o Modernismo foi quebrado o padrão de escri-
ta literária que seguia um modelo. Desde esse momento da Literatura Brasileira
os poetas passaram a produzir de forma livre, experimentando formas de escrita.
Cada vez mais vem sendo construídas formas na poesia onde se busca, muito mais,
chamar a atenção para o sentido. Essas formas estão em consonância com a poesia
minimalista, que é o poema mais enxuto possível, mas que traz na sua essência
significados que também podem ser atribuídos pelo leitor.


Diva Helena. Teve algum momento em que pensou em desistir de escrever?


Anita Santana. Não só pensei, como não escrevi. Passei um bom tempo sem escre-
ver nenhuma poesia sequer. Fui me dedicar ao trabalho e à medida que o tempo
passava ficava mais distante de todo esse processo de escrita.


Diva Helena. Escrever é um processo doloroso para você ou acontece de forma
natural?


Anita Santana. Não é doloroso porque é uma escolha minha, e é algo que sempre
tive vontade de fazer, mas escrever não depende só de inspiração. Requer pesqui-
sa, leitura e releitura da própria escrita. É um processo que necessita de um tra-
balho constante e, por isso, nunca acabado.

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