62 VIAJEMAIS
o que eu pensava ser apenas mor-
ros recobertos de vegetação. Que
nada. Eram templos maias ainda
não revelados me deixando mais
uma vez com a sensação de que eu
estava na Cancún dos séculos pas-
sados. Nas estradas também é coisa
comum avistar moradores pedindo
carona. “Se a pessoa precisa ir para
o mesmo lugar aonde estou indo,
por que não levá-la?”, dizia o beli-
zense Jody, seguindo a lógica de um
país com gente amigável.
Quando passar a capital Bel-mopã, não perca a entrada para o
St. Herman’s Blue Hole National
Park (nem confunda-o com o fa-
moso “great” Blue Hole). Esse é
um poço de água azul, cercado pe-
la mata, onde é um grande barato
mergulhar junto dos peixes que
moram ali.
Uma chuva caía fina, o parque
estava para fechar e, de novo, tive
o privilégio de ser a única turista.
Comemorei nadando e boiando,
feliz feito criança sem os pais em
gostosas piscinas azuis.FotoS: NatáliaMaNczyko St. Herman’s Blue Hole, lago azul em um parque próximo da capital: uma trilha fácil de cinco minutos de caminhada leva até a águaHopkins: ares Hippies
Se um estilo musical pudesse
descrever uma cidade, o reggae se-
ria a cara da vila praiana de Hop-
kins. As ruas são de terra batida, e
as casas, que se transformaram em
pequenos restaurantes e pousadas
na frente da praia, são pintadas de
verde-limão, azul, roxo e rosa, dei-
xando um certo clima hippie no ar.
Os mil moradores do vilarejo vão e
vêm de bicicleta, enquanto turistas,
a maioria norte-americanos, cami-
nham despojados de chinelos ou em
seus carrinhos de golfe alugados pe-
la cidade de três ruas principais.
Hopkins é mais um ponto usado
como base, já que tem praia (ainda
que não seja das mais bonitas) e está
a 45 minutos da bela Placencia e a
meia hora do Bocawina National
Park, com tirolesas e três cachoei-
ras lindas. A Cachoeira AntelopeAs bicicletas, os
coqueiros, os muros
coloridos e a música
garifuna formam o clima
despojado de HopkinsDivulgação