marighella

(Ornilo Alves da Costa Jr) #1
EDSON TEIXEIRA DA SILVA JUNIOR 23

à prisão, resistiu à tentativa de assassinato e denunciou a ditadura e a
brutalidade do regime recém instalado. Ficou preso por 80 dias. Foi
libertado por um hábeas corpus impetrado pelo advogado Sobral Pinto.
Diante do imobilismo do Partido, diante da violência da “ditadura
militar fascista” – como a caracterizou Marighella – no fim de 1967 ele
liderou a dissidência paulista do PCB: surgia o Agrupamento Comu-
nista de São Paulo, que logo viria a ser a Ação Libertadora Nacional.
Concretizou-se assim o seu rompimento definitivo com o Partido e
passou a atuar na luta armada de resistência à ditadura militar. Os
órgãos de repressão o elegeram o inimigo público número um.
Carlos Marighella foi assassinado pela ditadura militar em 4 de
novembro de 1969, por volta das 20 horas, na Alameda Casa Branca,
em São Paulo, no bairro dos Jardins.
Na manhã do dia 5 de novembro, a professora Philomena Gebran
recebeu a seguinte informação de Terezinha Furtado, pessoa que
trabalhava em sua casa, e, como de costume, já havia lido os jornais:
“Professora, mataram o nosso Che Guevara”!

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