24 VIAJE MaiS
A maior parte delas fica na margem
sul, do outro lado da Ponte d.
Luís I, onde já é a cidade de Vila
Nova de Gaia. As águas que divi-
dem os dois vizinhos têm um mo-
vimento intenso, graças às embar-
cações que ao longo do dia passam
pra lá e pra cá. Os barcos, inclusive
réplicas dos antigos rabelos, que
até a metade do século 20 zanzavam
pelo Douro transportando a bebida,
partem em passeios rumo ao inte-
rior, onde ficam as quintas que pro-
duzem o emblemático elixir.
Enquanto o passeio por Vila No-
va de Gaia é pautado pela visita às
caves, o centro do Porto rende horas
de andanças em virtude de sua ar-
quitetura e história, lindamente
ilustradas em bairros como a Ri-
beira, lambida pelo rio, e na Baixa,
que marca o centro portuense. Essa
última é um emaranhado de lojas
e calçadões em meio a uma profu-
são de palacetes de estilo gótico
luso e igrejas barrocas, sem contar
as portuguesíssimas fachadas re-
vestidas de azulejos, como demons-
tram a estação de trens São Bento
e a vistosa Igreja do Carmo.
No centro antigo, também são
recorrentes as confeitarias, que se
escondem em entradas modestas e
oferecem gulo seimas e iguarias que
abrem o apetite a qualquer hora do
dia. É o caso da Confeitaria do Bo-
lhão e da mercearia Co mer e Cho-
rar por Mais, a qual, camuflada em
uma casinha simples, revela um
mundo de queijos, azeites, vinhos,
embutidos, pães... Ambas ficam em
frente ao antigo e ruidoso Me rcado
do Bolhão, uma festa para o paladar
diante da fartura de produtos que
exibe, como peixes, queijos e frutas.
Mas o lugar vai além e oferece ar-
tesanato de qualidade a preços in-
Acima, a estação de trens
São Bento, um belo exemplar
da arte azulejeira lusa; e a
Confeitaria do Bolhão e a
mercearia Comer e Chorar
por Mais, repletas de
delícias portuguesas
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