nhecimento com os ônibus de tu-
rismo de dois andares, de modo a
se situar da localização das atrações
bacanas para voltar com calma de-
pois. Já o passeio pelo interior exige
um carro – e um m otorista disposto
a ficar abstêmio em prol dos acom-
panhantes de viagem e que se con-
tente em apreciar as belezas do per-
curso, que não são poucas.
do rótulo. A construção é rodeada
por um lago e um jardim dignos de
contos de fadas, mas a ostentação
não fica só do lado de fora. Como
naquela época era costume trazer
peças de outros países para exibir
em casa, o que denotava o poder
aquisitivo do proprietário, os salões
são enfeitados por estofados fran-
ceses e porcelanas indianas, as pa-
redes da sala de jantar e dos quartos
são recobertas por tapeçarias, e a
biblioteca guarda, entre os seis mil
títulos, uma das primeiras edições
ilustradas de Os Lusíadas, de 1819,
só para citar algumas preciosidades.
De Vila Real, dá para pegar a
estrada A24 e, a apenas 35 km
adiante, ver surgir mais uma joia:
Lamego. É uma cidade graciosa,
das mais antigas de Portugal, e dona
de praças floridas e de ruas tão es-
treitas que um carro só já se espre-
me para transitar. Nessa bem-vin da
parada, forasteiros costumam con-
ferir o Museu de Lamego, com al-
O mais óbvio é seguir viagem
ao longo do Douro, mas afaste-se
um pouco do rio e siga pela estrada
A4 para encontrar uma relíquia e
tanto: a Casa de Mateus, em Vila
Real. Trata-se de um extravagante
palácio barroco, erguido na segunda
metade do século 17 – se você já
bebeu o tradicional vinho Mateus
Rosé já viu o casarão na ilustração
O formoso palácio Casa de Mateus vale o desvio até Vila Real; abaixo, a Igreja de Nos sa Senhora dos Remédios e seus 686 degraus, em Lamego
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