Viaje Mais - Edição 174 (2016-11)

(Antfer) #1

O irretocável cenário
do Vale do Douro,
onde se sucedem os
parreirais e as quintas,
como os “portugas”
chamam suas vinícolas


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tares barrocos e tapeçarias do sé-
culo 16, e um castelo que remonta
ao século 10^0. Ninguém discorda
que ele revela um senhor visual,
mas a principal atração de Lamego
é mesmo uma extensa e íngreme
escadaria, que leva à Igreja de Nossa
Senhora dos Remédios. Todo mun-
do fotografa essa enormidade, mas
poucos têm pernas para encarar os
686 degraus – uma pena, pois cada
parada após vencer um lance de
escadas reserva um visual cada vez
mais exuberante.

TRADIÇÃO ETÍLICA
A partir de Lamego, a suge stão
é finalmente se entregar ao cênico
curso do Rio Douro, começando
com uma parada em Peso da Ré-
gua, 13 km adiante. A cidadezinha
é um início e tanto na imersão no
mundo dos vinhos. As razões são
o completo Museu do Douro, ins-
talado num antigo armazém na or-
la, e sobretudo porque é justamen-
te a partir de Régua que a estrada
fica mais bonita, coalhada de vi-
nhedos que compõem um pano-
rama deslumbrante ao se sobrepor
nas encostas dos morros, forman-
do looongos degraus.
Cientes do poder de encanta-
mento desses rincões, empresas
vendem no pequeno porto de Ré-
gua uma série de passeios de barco,
com duração de duas horas o u mes-
mo um dia inteiro. Obviamente
que vale explorar a região pela água,
mas volte para a estrada para se em-
brenhar de carro nas curvas do
Douro que, a partir dali, revelam
uma sucessão de quintas, como os
portugueses chamam suas vinícolas,
onde é possível passear pelos par-
reirais, conhecer o processo de fa-
bricação da bebida e, a melhor par-

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