VIAJE MaiS^51
Mas há um “singelo” detalhe a
ser considerado pelos brasileiros,
especialmente em tempos de real
desvalorizado: Londres é um dos
lugares mais caros do planeta e, re-
pleta de maravilhas arquitetônicas,
artísticas, consumistas e gastronô-
micas, pode esfolar seu bolso. Mas
isso de forma alguma deve ser um
impeditivo para essa viagem fasci-
nante, já que a metrópole oferece
um sem-fim de interessantíssimas
atividades gratui tas. E tudo da mais
soberba qualidade, caso de alguns
dos museus mais espetaculares do
mundo, como British Museum
(aquele com tantas múmias e sarcó-
fagos quanto um museu egípcio),
National Gallery e Tate Modern.
Atrações icônicas, como a troca da
guarda no Palácio de Buckingham
e o interior do Parlamento, marcado
pela torre do Big Ben, também têm
acesso free , assim como os formosos
parques e praças, mercados e uma
porção de monumentos e prédios
históricos. Sim, todas essas lindezas
são visitadas sem que se gaste uma
única libra.
UNITED COLOURS OF LONDON
Para começar as explorações lon-
drinas, o primeiro passo é adquirir
o cartão recarregável Oyster, ven-
dido em qualquer estação de metrô,
central de informações turísticas e
lojas que tenham o logo do cartão,
para poder se aventurar no intrin-
cado sistema de metrô e de linhas
de ônibus. Com um depósito retor-
nável de £ 5, mais um crédito cuja
quantia você decide, o cartão inte-
ligente calcula automaticam ente ao
fim do dia de uso a melhor tarifa a
ser debitada, de acordo com o quan-
to você saçaricou. Passou muitas ve-
zes pela catraca? Então será descon-
tado, no máximo, o valor de um
passe diário (£ 6,40). Pegou um ôni-
bus em seguida do outro em menos
de duas horas? Nada será debitado.
Além da praticidade na cobrança
e de o sistema permitir que s e alcance
qualquer parte da metrópole, não
há forma melhor de respirar a at-
mosfera de salada cultural da cidade
do que no transporte público. Um
terço da população londrina nasceu
fora do Reino Unido, e essa misce-
lânea de tipos e estilos desfila entre
os turistas ali no tube, como os locais
chamam o metrô. Business ladi es de
terninho e corte de cabelo Chanel
leem o The Guardian ao lado de ra-
pazes de picumã colorido e grandes
fones de ouvido, cena típica com-
pletada pela voz que ecoa dos alto-
-falantes a cada estação dizendo
“mind the gap ”, que significa que o
passageiro deve ter cuidado com o
vão entre a platafo rma e o trem.
TRADIÇÕES REAIS
Com o Oyster comp rado e abas-
tecido, corra para o metrô mai s pró-
ximo para começar a conhecer os
cartões-postais na “faixa” da capital.
Na Trafalgar Square, o circo, ops, o
movimento pega fogo. Lá, o pessoal
perambula e até toma sol em trajes
de banho nas tardes de domingo,
artistas fazem as mais diversas apre-
sentações e, dependendo do dia, vo-
cê pode topar com um protesto,
O fato de ser uma cidade cara não impede você de ir a Londres :
atrações icônicas, como a troca da guarda em
Buckingham, e muitos museus incríveis são gratuitos
Troca da guarda no
Palácio de Buckingham,
que rola todos os dias às
11h30: a atração mais
popular relacionada
à família real britânica
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