Viaje Mais - Edição 174 (2016-11)

(Antfer) #1
VIAJE MaiS^57

artistas contemporâneos? Nessa sea-


ra, Londres faz bonito com a Tate


Modern, mais um senhor complexo


com entrada free. Tão impactante


quanto os trabalhos de Henri M a-


tisse, Andy Warhol e Jackson Pollock,


apenas algumas das “grifes” que per-


meiam as cerca de 60 mil obras ex-


postas em sistema de rodízio, é o


próprio projeto desse peso-pesado


da arte moderna: ele nasceu no ano


2000 onde antes funcionava uma


central elétrica abandonada, ainda


hoje marcada pela chaminé central


de 99 metros de altura.


Totalmente remodelada pelos


arquitetos suíços Herzog e De Meu-


ron – que ganharam o Prêmio Pritz-


ker, o Oscar da arquitetura, com


esse projeto –, a construção ganhou


dois andares envidraçados na parte


superior, e os espaçosos ambientes


de outrora, caso da Turbine Hall,


onde ficavam as gigantescas turbinas


da central elétrica, ganharam teto e


janelões de vidro para propiciar uma


sensação de amplitude ainda maior.


Não à toa, esse é um dos pontos que


mais congregam gente na Tate, re-
pleto de instalações com as quais os
visitantes interagem, a exemplo de
uma escultura de Robert Morris que
pode ser escalada. É a tal da “arte
participativa” tão propalada por esse
museu superpop.

BORN TO BE FUNNY
E como uma mulher misteriosa,
cheia de nua nces, Londres abandona

a persona bem comporta da que os-
tenta durante o dia, quando passeia
esbanjando seus bons modos pelos
parques e museus, por uma faceta
festiva e boêmia à noite, revelada
nos agitos do Soho, no coração de
West End. Pelas ruas da região, to-
madas de livrarias da moda, lojas de
comic novels , sex shops e cabarés,
circulam garotas de salto alto e mi-
crossaia, mesmo em madrugadas de

A vibe boêmia de Londres se revela no Soho, que abriga até uma Chinatown; abaix o, o bar de jazz Ronnie Scott’s, um dos melhores da cidade

reg

ina

caz

zaM

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