Umbocejo,jáénoite.Caminho,vagarosamente.Pedregulhosmisturam-sea
mim;longeháosomdeumsino,captoasbadaladasantesdeacontecer,seussons
estãoemmim.Olhoocéu,meuspensamentosenganam-me.Percoporsegundosa
ingenuidadequemehabita.Continuoocaminho...Pupilasaumentamaosentiro
avião aterrizando, foi como estar num deserto. Sensação de não saber o que
encontrar...umanovajornadacomeça.
Sexta-feira, 23 de setembro,
ChloéchegaàParis.Serão 30 diasde
imersão naculturafrancesa. Deixou
asmalasnohotelesaiu,acidadeluz
ofuscava-lhe a alma, o corpo
arrepiava. Olhou para o relógio,
correu para o hotel com receio de
atrasar, chegou cedo ao teatro. Na
cadeira ao lado, um rapaz sorri e
pergunta: “Por favor, este assento é
seu?”
Desesperada olha os números
sem jeito, desculpa-se. Os dois
acabamrindo;ele,gentilmente,nãoa
fazsair.Umaconversaenvergonhada
começa, o celular registrava tudo o
queo olharnão conseguiapararde
admirar. Extasiada, olhava cada
detalheepensavaquantahistóriaali
nãoacontecera,quantashistóriasde
amor a margem direita não
presenciou.