VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA Nº 6

(MARINA MARINO) #1
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Tarde de sol ameno,saem para

passear. No peito, sons, como se


ouvissemCallasnasalturas.Avida,em


movimento de malabares reluzentes,
acontece.


Diz a lenda que todos se

apaixonam em Paris! Foram


telefonemas, mensagens, a paixão


estava em tudo. Olhos sedentos,


coração em descompasso, boca seca.
Ela plantou vasos de arruda,guiné e


alecrim,poisaalmaqueriaproteçãoe


energia positiva. A felicidade que


exalava era demais aos olhos mortos


desentimentosalheios.


Avidaimploravaqueoincomum
acontecesse.


Foram gritos silenciosos em

gozosplenos.


Chloé e Alex estavam

apavorados. Afinal a vida lhes tinha


mostrado um lado hostil, mas, sem


perceber, os dois se entregaram. Os
temores deram lugar a um delicioso


concertodesons que nãoconheciam,


masestavamdispostosaouvir.


Final da tarde, chegam à Torre

Eiffel.Vê-lailuminando-seaospoucos,


o pôr do sol, o céu observava cada
sorrisointenso,poisoslargossorrisos


podiamsersentidosàdistância.


Jantaramnorestaurante da
Torre, tempo raro de felicidade.
Passeios simples pelas ruas
parisienses eram festas com
acordeom,gaitaeartistasderua.
O mundo dele, lógico; o dela,
espiritualista. Diferentes que se
conheciam, se admiravam, se
respeitavam.
No saguão do hotel, ele
pede para Chloé entrarde olhos
fechados no quarto. O chef
preparou uma mesa de
combinações perfeitas:
macaroons, éclairs, tortas,
champanhe,músicaambiente.Ali
curtiram cada minuto um do
outro. Era dia quando
adormeceram.
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