Clipping Banco Central (2020-01-11)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Bitcoins

por criptomoeda. Ele lembra que pela primeira vez um
grande banco, o JPMorgan, fez previsões para o bitcoin,
estimando que possa chegar a US$ 146 mil no longo
prazo.


Até lá, porém, grandes tombos devem acontecer. Não
descarto quedas de 50%, 60% ou 70% no valor do
bitcoin - diz o gestor da Vítreo, que também tem fundos
com exposição a criptoativos.


Para Arthur Lemos, criador da Empreender Dinheiro,
plataforma digital de educação para investidores,
qualquer ativo com uma valorização tão expressiva
quanto a do bitcoin em 2020 chama a atenção dos
investidores. Mas ele observa que os chamados ativos
de risco têm muita volatilidade e demandam um perfil
arrojado - a fim de aguentar o tranco na hora da perda.


Lemos recorda que, entre 2013e2015,o bitcoin perdeu
83% de seu valor. Ou seja, quem havia comprado R$ 1
mil ficou com R$ 170 nas mãos se sacou os recursos.


Acredito que um período de 12 meses seja muito
limitado para determinar se um ativo de fato preserva o
valor do dinheiro. O bitcoin é um ativo muito recente em
comparação ao ouro e ao dólar. E comprar
criptomoeda apenas porque ela está se valorizando
muito pode ser inadequado. Esse tipo de investimento
precisa fazer parte de uma estratégia, em que o
investidor diversifica suas aplicações - ensina Lemos.


Ele avalia que, em um portfólio que tenha ações, fundos
imobiliários e renda fixa, a parcela dos recursos em
criptomoeda deve ficar entre 2% e 10%, como forma
de proteger o patrimônio. Lemos acredita que o
lançamento de um ETF - fundo negociado em Bolsa - de
bitcoin nos EUA podería elevar ainda mais a aceitação
da criptomoeda por investidores institucionais.


Por enquanto, a Securities and Exchange Commission
(SEC, órgão regulador do mercado americano) barrou
essa iniciativa. Mas, de olho na troca de comando no
órgão que virá com a mudança de governo, um novo
pedido já foi feito, e a expectativa no mercado é de
aprovação.


APLICAR POR FUNDO É OPÇÃO


As criptomoedas circulam apenas em ambiente digital.
Não há lastro nem regulamentação por parte de bancos
centrais, o que ainda assusta muita gente que gostaria
de investir nesse mercado. As operações são
registradas pela tecnologia blockchain, que protocola
as quantias transferidas, quem transferiu e recebeu, e o
valor movimentado. O bitcoin é a mais popular das
criptomoedas, mas há cerca de duas mil delas, como
ethereum, litecoin e ripple. A Bloomberg estima que
esse mercado já movimente US$ 1 trilhão.

Para comprá-las, é necessário abrir uma conta em
corretoras especializadas. Ou aplicar por meio de um
fundo, como os oferecidos por Hashdex e Vítreo, que
começam com 20% do portfólio aplicados nesses ativos,
com investimento mínimo de R$ 1 mil.

A empresária do setor de cultura Alessandra Bruno
sempre teve vontade de aplicar em bitcoin. Mas, sem
tempo para acompanhar esse mercado, vinha adiando a
decisão. Só no ano passado, quando descobriu os
fundos de criptomoeda tomou coragem e aplicou 5%
do dinheiro disponível para investir - e, mesmo assim,
em um fundo que tem apenas 20% nesse ativo.

Sei que todo investimento com retorno maior tem mais
risco. Mas num fundo tenho mais confiança, porque há
um gestor acompanhando esse mercado o tempo todo -
explica a empresária, que já pensa em ampliar a
aplicação para 10% de seus recursos. - E um dinheiro
que vai servir para a aposentadoria.

Fonte: Vítreo

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