Clipping Banco Central (2020-01-11)

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Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 3 - Reforma Tributária

"É um pouco de 'forçação' acreditar que pelo fato de Lira
ser apoiado pelo governo ele será um presidente
submisso ao governo. Rodrigo também teve apoio do
partido de Bolsonaro em sua eleição e nem por isso foi
um presidente submisso", defende o deputado Marcelo
Ramos (PL-AM), escolhido por Lira como 1º vice-
presidente da Câmara caso seja vitorioso na disputa
marcada para o fim de janeiro.


Partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu em 2018, o
PSL está oficialmente no bloco de Baleia Rossi. No
entanto, a sigla, que detém 52 deputados, está dividida
desde a saída do chefe do Executivo entre
parlamentares bolsonaristas e desafetos do presidente.
Parte dos deputados deve votar com Arthur Lira,
justamente pela proximidade do deputado com o
Palácio do Planalto. A articulação de Lira conta com
cerca de 25 votos dos 53 deputados do PSL.


Entre os parlamentares do PSL que irão votar contra a
orientação da sigla, Bibo Nunes argumenta que é
legítima a negociação dos partidos por espaço na Mesa
Diretora. Mas o parlamentar rejeita a barganha dos
deputados por cargos no poder Executivo. Ele afirma ter
"ouvido" que essa prática está em andamento na Casa.
"Eu acredito que espaço na Mesa Diretora é algo
natural, não há problema nenhum. Agora, o que eu não
acho legal, que ouvi falar, porque para mim ninguém
teve coragem de me oferecer, é cargos em troca de
votos. Isso eu não admito, e para mim ninguém tem
coragem de me oferecer. Não admito em hipótese
alguma", revelou o deputado ao Correio.


Bibo Nunes explicou ter decidido votar em Lira por
acreditar que o colega, caso seja eleito presidente da
Câmara, favorecerá a tramitação das chamadas pautas
conservadoras, defendidas pelo presidente Jair
Bolsonaro. "Nós pedimos que ele siga as pautas
conservadoras, as pautas da democracia, da liberdade.
Eu acredito, por exemplo, que todo brasileiro deve ter
acesso a armas, mas com responsabilidade. Temos que
levar adiante a flexibilização do Estatuto do
Desarmamento. Já uma coisa que precisamos evitar,
por exemplo, é aprovar o aborto", frisou o parlamentar.


Apoio na frente da agropecuáriaO presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira
(MDB-RS), declarou apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) à
presidência da Câmara. "Baleia é extremamente
qualificado para o diálogo com qualquer partido, o que é
imprescindível para levar à frente as pautas que o país
precisa. E isso em nada tem a ver com apoio a pautas
da esquerda como muitos dizem", escreveu Moreira. O
deputado afirmou, no entanto, que a adesão é individual
e que a frente vai exigir o compromisso com pautas nas
quais não houve abertura com Rodrigo Maia. "É ruim
uma disputa para a Câmara ficar na questão rasa se é a
favor do Rodrigo Maia ou a favor do Bolsonaro. Não
tenho compromisso com Maia, eu quero as pautas",
disse o parlamentar. A FPA tem 241 deputados. Entre
os integrantes, estão aliados de Arthur Lira (PP-AL) e
Baleia -- os dois, inclusive, fazem parte da bancada. Por
isso, a frente não deve oficializar apoio a nenhum dos
candidatos, apesar de reivindicar pautas ao próximo
presidente da Câmara. As prioridades da bancada são
as reformas tributária e fundiária.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 3 -
Reforma Tributária
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