Clipping Banco Central (2020-01-11)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Mundial

que quanto mais próximo de 1, pior é a distribuição de
renda) estava em 0,494 em novembro passado. Sem o
auxílio, o indicador iria a 0,542 nas mesmas condições
daquele mês.


Isso se daria porque a renda da população, em
novembro, chegou a R$ 1.286, em média patamar 5,8%
maior, em termos reais, que o observado em maio, no
início do pagamento das parcelas do benefício
emergencial, segundo a Pnad-Covid, pesquisa feita pelo
IBGE durante a pandemia, mas com metodologia
diferente da Pnad Contínua.


Duque lembra que a desigualdade tinha caído em 2019
pela primeira vez desde 2014. "O saldo do ano passado,
no entanto, deve empatar com o de 2019. A pandemia
deve impedir a queda da desigualdade", diz.


Com o fim do auxílio, o governo começa a discutir
formas de ampliação do Bolsa Família, mas, entre os
economistas, a avaliação é de que algo já deveria ter
sido proposto. Pressionado para retomar o pagamento
do auxílio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
ironizou na semana passada a possibilidade de
estender o benefício. "Se pagar R$ 5 mil por mês,
ninguém trabalha mais", disse.


"É absurdo ele dizer que não pode fazer nada", protesta
o ambulante Hudson Moreira, de 49 anos. Com câncer,
ele dependia do auxílio. Sem o benefício, agora conta
com a aposentadoria dos pais, enquanto espera o fim
da pandemia. "Infelizmente, votei nele e me arrependo.
O presidente precisa lembrar que está lidando com
vidas. E a pandemia é séria, não é um resfriado."


Acabar com o auxílio emergencial é jogar de novo essas
pessoas na pobreza ou na informalidade, avalia a
professora e pesquisadora da Universidade de São
Paulo (USP) Úrsula Peres. "Esse boom de recursos
movimentou a economia, impedindo uma queda drástica
do consumo e beneficiando as finanças estaduais e
municipais."


Na última semana, o Estadão mostrou que o governo
prepara uma medida provisória (MP) para reestruturar o


Bolsa Família. A perspectiva é que sejam unificados
benefícios já existentes, além do reajuste de valores e a
criação de bolsas por mérito. Assim, 14,5 milhões de
famílias seriam contempladas, ante as atuais 14,3
milhões.

Dinheiro na mão

R$ 1.286 Foi a renda média da população em
novembro, ainda sob efeito do auxílio emergencial. Esse
patamar era 5,8% maior, em termos reais, do que em
maio, logo após as primeiras parcelas

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
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