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Banco Central do Brasil
O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Autor: CLARICE COUTO E AUGUSTO DECKER
Purina acessa EUA e UE e deve triplicar exportação
A Purina, empresa de alimentos para pets da Nestlé,
prevê triplicar suas exportações este ano, após ter
dobrado o volume em 2020. O salto vem da planta da
companhia em Ribeirão Preto (SP), habilitada em
outubro para exportar aos Estados Unidos, Europa,
Rússia e China. "São mercados desenvolvidos, de alto
consumo. Já temos demandas confirmadas dos EUA e
de países europeus", conta Marcel de Barros, CEO da
Nestlé Purina Petcare Brasil. O plano da empresa é
fazer do Brasil um "hub" de exportação. "Como o País é
um grande player global de grãos e proteínas, temos
maior competitividade do que outros países", explica.
Segundo Barros, o setor como um todo exporta em
torno de R$ 1 bilhão. Mas o mercado interno não é
menos relevante - movimenta hoje R$ 16 bilhões por
ano e é o terceiro do mundo.
Preparada.
Nos últimos três anos a planta de Ribeirão Preto
recebeu R$ 500 milhões para se tornar a única unidade
da América Latina que adota três tecnologias diferentes
para produzir alimentos secos, úmidos e petiscos.
Barros antecipa que em 2021 mais R$ 100 milhões
serão investidos na unidade, para elevar em 35% sua
capacidade de produção. Em 2020, a empresa colocou
no mercado 12 produtos, entre novos itens, marcas
globais que chegaram por aqui e outras, renovadas.
Do campo.
A crescente produção de milho, base da indústria de
"petfood", no Brasil favorece os planos de expansão da
Purina. O setor consome, em média, 2 milhões de
toneladas por ano do cereal, de um total de 4 milhões
de toneladas de outras matérias-primas, como soja,
carnes de aves, suína, bovina e pescado.
Do mar.
A Oceana, empresa de nutrição animal e vegetal que
tem nas algas calcáreas Lithothamnium, do litoral do
Maranhão, a base de sua produção, está otimista com a
busca do produtor brasileiro por produtividade. A
empresa lançou recentemente dois produtos específicos
para cereais e está amplian- do sua capacidade
produtiva de 20 mil para 30 mil toneladas por ano, conta
Daniel Frasson, diretor geral da Oceana Ásia.
Mais longe.
As vendas externas da Oceana quase triplicaram em
- A companhia começou a enviar seus fertilizantes
naturais para Rússia, África do Sul, México e Colômbia,
ampliou as vendas com mais força à Europa e América
Latina e "firmou bases" na Ásia e nos Estados Unidos,
segundo Frasson.
A exportação representa cerca de 20% da receita com
os segmentos de nutrição animal e vegetal - a empresa
também atua em outras áreas, como soluções para
tratamento de água.