Clipping Banco Central (2021-01-13)

(Antfer) #1

IPCA de 4,5% é melhor que 2,1% previstos antes, diz diretor do BC


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
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Autor: Larissa Garcia


brasília O diretor de Política Monetária do Banco
Central, Bruno Serra, afirmou nesta terça (12) que
considera o patamar da inflação de 2020, que fechou o
ano em 4,52%, melhor que o previsto pelo mercado em
setembro, de 2,1%.


Serra justificou que o nível amai é mais próximo do
centro da meta definida pelo CMN (Conselho
Monetário Nacional), de 4%, com tolerância de 1,5
ponto percentual para cima e para baixo.


"Estamos entregando uma inflação acima do centro da
meta, o que nunca é desejável, mas sempre
perseguimos o centro, então 4,5% é espetacularmente
melhor que os 2,1% que imaginávamos no final de
setembro. De lá para cá muita coisa mudou, temos uma
direção mais positiva de seis meses para cá", disse em
evento virmal promovido pela XP.


O BC não se pronunciou oficialmente sobre o IPCA do
ano, divulgado nesta terça pelo IBGE.


O controle da inflação é a principal atribuição da
autoridade monetária. Para isso, o BC define a meta da
taxa básica de juros (Selic).

Quando a inflação está alta, a autoridade monetária
sobe os juros com o objetivo de reduzir o estímulo na
atividade econômica, o que diminui o consumo e
equilibra os preços. Caso contrário, o BC pode reduzir
juros para estimular a economia.

O BC analisou em suas mais recentes comunicações
oficiais que o movimento é temporário e deverá
arrefecer neste ano, especialmente com o fim do auxílio
emergencial. Com o beneficio, a avaliação é que as
pessoas consumiram mais alimentos e os preços
subiram.

Segundo Serra, a atividade econômica também
surpreendeu positivamente no ano passado. "Muito
dinheiro foi colocado nas mãos das pessoas [com os
pacotes de estímulos], o que fez o consumo sofrer muito
menos do que se imaginava", pontuou.

"No início da pandemia recebíamos estimativas de
queda de 9% a 11% no PIB, hoje está mais próximo de
4%, pelo menos metade do que se projetava", afirmou.

Sobre o nível atual do dólar, acima de R$ 5, Serra
alegou que, além dapandemia, com a saída de recursos
estrangeiros, mudanças de regulação e a queda de
juros também afetaram o câmbio.

O diretor do BC também ponderou que o Brasil tem
histórico de taxas de juros altas. "Hoje temos juros
nominais de curto prazo de 2%, patamar sem
precedentes. Com ainflação controlada, é natural que
câmbio sofra impacto, mas no longo prazo as variáveis
vão se ajustando e atingem equilíbrio estrutural."

Em relação ao risco fiscal, com a deterioração das
contas públicas, Serra afirmou que o cenário permanece
o mesmo. "Infelizmente mudou pouco do fim do ano
passado para agora, o Orçamento de 2021 ainda não
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