Clipping Banco Central (2021-01-13)

(Antfer) #1

Alta é pontual, e juros devem seguir baixos, avaliam analistas


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
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Autor: Júlia Moura


são paulo A alta da inflação não mudou as expectativas
do mercado para a evolução da Selic (taxabásica de
juros) em 2021. O aumento de preços, segundo
analistas, éponmal e deriva da pandemia de Covid-19.
Ele reflete a alta do dólar, a escassez de insumos e os
efeitos do auxílio emergencial no consumo.


"A inflação em serviços caiu muito. Se fecharmos tudo
de novo em um novo lockdown, serviços volta lá para
baixo. Além disso, sem auxílio, não tem consumo",
afirmaBruno Musa, economista e estrategista da Acqua
Investimentos.


Para 2021, a expectativa para o IPCA é de alta de
3,35%, e, para2022, de 3,50%, segundo o boletim
Focus do Banco Central, que reúne a estimativa de
diversos economistas Um dos instrumentos para o
controle da inflação é a Selic. Quanto mais alta, mais
ela desestimula o consumo. Segundo analistas, a taxa
deve começar a subir no início do segundo semestre de
2021.


Apesar desse aumento, os juros devem permanecer
em um patamar baixo, com juro real (descontado da
inflação) próximo de zero, avaliam analistas. Segundo o
Focus, o juro deve terminar 2021 em 3,25% e 2022 em
4,75%. Na semana passada, a expectativa era de 3% e
de 4,50%, respectivamente.

A taxa básica de juros está na mínima histórica de 2%.
Além de desencorajar o consumo, uma alta também
podería fortalecer o real ante o dólar, o que também
ajuda a frear o aumento dos preços.

De acordo com Alexandre Espírito Santo, economista
da Ã"rama, o BC já pode sinalizar na sua próxima
reunião de política monetária, em 20 de janeiro, uma
mudança no cenário, abrindo as portas para um ciclo de
alta no juros.

"O BC precisa subir juros para rolar a dívida pública",
diz Espírito Santo. Juros mais altos tornam mais
atrativos os títulos públicos, um dos instrumentos pelos
quais o Estado se financia.

Por outro lado, com a pandemia ainda latente, a
economia precisaria de juros baixos como um estímulo,
o que impede grandes saltos na Selic.

"A recuperação no primeiro trimestre vai ser muito
morna."

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