Clipping Banco Central (2021-01-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

2 em dezembro, o preço voltou a subir, após dez meses
consecutivos na bandeira verde. Alguns locais também
sofreram reajustes tarifários, como Rio Branco (11,05%)
e Porto Alegre (11,55%).


Outro item do grupo habitação que enfrentou reajuste foi
a taxa de água e esgoto. Em Belo Horizonte, a alta foi
de 3,04%. Em Vitória, ficou em 2,95%.


O economista da Ativa Investimentos se mostrou
preocupado com o comportamento da inflação, mas
projeta um índice de 3,3% para 2021.


"Ficamos preocupados com os sinais dados pelo
processo de inflação, mas os núcleos [desconsiderando
itens com preços voláteis, como alimentos] ainda estão
deprimidos. Não é nada que agente possa concluir que
temos reflação na economia", afirmou Étore.


Consideramos em conjunto, os grupos alimentação e
bebidas, habitação e artigos para residência
(eletrodomésticos, equipamentos e artigos de TV, som e
informática) foram responsáveis por quase 84% da
inflação de 2020.


No grupo dos transportes, o segundo com maior peso
na composição do indicador de inflação, a alta no ano
foi de 1,03%. Segundo Pedro Kislanov, gerente da
pesquisa, a variação se deve ao comportamento dos
combustíveis.


"Tivemos quedas fortes, em abril e maio, por causa do
preço da gasolina, que fechou o ano em queda (-
0,19%), apesar das seis altas consecutivas de junho e
dezembro. As passagens aéreas tiveram queda de
17,15% no acumulado ano, ajudando a puxar o
resultado para baixo", disse Kislanov.


Paulo Levy, pesquisador do Ipea, apontou que o
resultado da inflação de 2020 foi influenciado pelos
choques de preços causados pelos comportamento de
oferta e demanda da pandemia, razão pelo qual não há
motivo para se preocupar em 2021.


"Também tivemos choque de alimentos de preços de


carnes no final de 2019 que pressionaram a inflação
daquele ano, de 4,31%, mas, uma vez passado aquele
choque, a inflação voltou para baixo em 2020", analisou
o pesquisador.

O grupo de alimentos para consumo no domicílio ficou
2,21% mais caro em dezembro. Alimentação fora do
domicílio também registrou alta de 0,77% no mês, com
destaque para refeição (0,74%) e lanche (0,89%).

O preço dos artigos para residência, por sua vez, subiu
1,76%, a segunda maior alta entre os nove grupos
pesquisados. Os artigos de TV, som e informática
subiram 2,52%, móveis, 2,92%, e eletrodomésticos e
equipamentos, 1%.

No grupo educação, a alta foi de 0,48% em dezembro.
O maior impacto veio dos cursos regulares (0,55%). A
educação de jovens e adultos sofreu a maior variação
(3,83%).

loãoLeal, economista da Rio Bravo Investimentos,
creditou a alta no grupo educação a reajustes nas
mensalidades que não ocorreram no meio de 2020 por
causa da pandemia.

"Não houve no meio do ano e se trouxe para o fim do
ano. Mesmo ainda com as escolas voltando de forma
devagar pela Covid, começamos a observar essa
recomposição nos preços. Isso deve permanecer, mas
sendo gradual, bastante relacionado ao processo de
reabertura econômica", afirmou o economista.

Segundo ele, o mesmo comportamento vem sendo
observado no setor de saúde - alta de 0,40% em
dezembro - e deve permanecer em 2021, ganhando
força ao longo do ano.

"Isso vem também pelo começo dos reajustes
bloqueados ao longo do ano passado, pela pandemia.
Alguns serviços de saúde começaram a ajustar esses
preços. Deve ter um impacto maior no começo do ano,
aANS determinou que os reajustes serão escalonados",
afirmou.
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